MANAUS – Os prefeitos dos municípios do Amazonas estão pressionando o governador José Melo (Pros) pela liberação de recursos financeiros e uma negativa do Palácio da Compensa pode acarretar sérios prejuízos ao grupo político que o reelegeu no ano passado. Sem dinheiro por conta da crise econômica que reduziu drasticamente os repasses de recursos estaduais e federais, os prefeitos começam a entrar em desespero. Dos 61 municípios do interior do Estado, apenas dois dizem ter condições de pagar o 13° salário dos servidores municipais neste fim de ano. Os problemas foram apresentados em uma reunião, nesta quarta-feira, 21, na Associação Amazonense de Municípios, com a participação apenas dos prefeitos.
Nesta quinta-feira, às 9h, está marcada uma audiência de prefeitos com o governador José Melo na sede do governo, na Compensa. Uma fonte que participou da reunião informou que o tom da conversa com o governador será amistoso, mas eles estão dispostos a ir “para o tudo ou nada”. Os prefeitos reclamaram, na reunião desta quarta, de dificuldades de serem recebidos pelo governador e afirmaram que se não houver sinalização positiva em relação ao socorro financeiro, estão dispostos a “começar a redesenhar o quadro para o ano que vem”.
Os prefeitos também discutiram, na reunião, os números de uma pesquisa que mostra a maioria deles com baixa popularidade, com aprovação abaixo de 50%. A causa da baixa popularidade, em grande medida, é consequência da falta de recursos. Com os cofres vazios, os prefeitos estão preocupados com 2016, principalmente os que pretendem disputar a reeleição.
Nesta quinta-feira, um grupo de prefeitos também vai a Brasília para um encontro com a presidente Dilma Rousseff, organizado pela Frente Nacional de Prefeitos e pela Confederação Nacional de Municípios, mas na reunião desta quarta, os prefeito do Amazonas deixaram claro que vão pressionar, além da presidente Dilma Rousseff, o governador José Melo e a bancada federal em Brasília (senadores e deputados federais).