Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – A maioria dos deputados estaduais faltou à sessão ordinária da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) na manhã desta terça-feira, 29, e a votação do requerimento que pedia a prorrogação da CPI da Saúde por mais 60 dias, que encerra hoje, foi prejudicado.
Sem a prorrogação, a comissão informou que apresentará, na tarde desta terça, o relatório final contendo todos os fatos apurados durante os 120 dias de trabalho, além do pedido de indiciamentos que deve ser encaminhado a órgãos de controle estaduais e federais.
Após ser votado na Casa Legislativa, o conteúdo seguirá para os Ministérios Público estadual e federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e o do Estado (TCE), Controladoria Geral de Estado (CGE) e da União (CGU) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde tramita inquérito criminal envolvendo o governador Wilson Lima (PSC).
Na última quinta-feira, 24, a maioria dos deputados estaduais também não compareceu à sessão e o requerimento da CPI da Saúde foi tratado como prejudicado. Antes disso, no último dia 16 de setembro, o pedido também foi retirado de pauta a pedido dos próprios autores.
Também na quinta-feira, ao lamentar a falta de parlamentares na sessão, o deputado Delegado Péricles (PSL), que preside a CPI, afirmou que a comissão poderia ter avançado, mas enfrentou um “lamaçal”, referindo-se a supostas irregularidades em contratos do governo, no início dos trabalhos, ao investigar a Secretaria Estado de Saúde.
“Poderíamos avançar mais, caso a CPI fosse prorrogada. Mas, infelizmente, não vai acontecer. Esse ofício, que é nosso, de investigar vai ser paralisado porque a CPI não vai prosseguir. Poderia, sim, alcançar muito mais de outros governos, mas nós precisávamos estancar a sangria do desvio do dinheiro público que acontece atualmente”, disse Péricles.
Sete deputados
A sessão iniciou com o presidente da ALE, Josué Neto (PRTB), anunciando que estavam na sessão os deputados Álvaro Campelo (Progressistas), Felipe Souza (Patriotas), Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT), Delegado Péricles (PSL) e Joana Darc (PL).
No pequeno expediente, o deputado Serafim Corrêa criticou a proposta do governo federal de criar um tributo de 1% sobre o faturamento das empresas instaladas na ZFM (Zona Franca de Manaus) para criação do fundo verde, e Sinésio Campos criticou os problemas de energia em Manaus e em municípios do interior.