Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – A Seduc (Secretaria de Estado de Educação) apresentou uma nova proposta de reajuste salarial aos professores em greve há duas semanas. O governo oferece revisão salarial de 15,53% retroativo ao dia 1° de março, segundo anunciou o secretário de Educação Lourenço Braga, na tarde desta quarta-feira, 4.
O governo sustenta que chegou ao limite do que pode oferecer. “Este é verdadeiramente o limite que podemos chegar. Vamos chegar na linha de limite de 47,20% de comprometimento do orçamento do Estado com a folha”, disse Lourenço Braga, que prometeu abonar as faltas dos profissionais se as aulas forem retomadas até a próxima semana.
A proposta foi entregue a representantes do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), na sede da secretaria, na zona centro-sul de Manaus. Os dirigentes sindicais disseram que vão submeter a proposta à aprovação da categoria, em assembleia geral. O sindicato pede reajuste de 35%.
“Iremos reunir o comando de greve, convocar assembleia para amanhã (quinta-feira, 5). Será a categoria que vai decidir”, disse Cléber Ferreira, secretário de organização do Sinteam.
Pelo menos 60 municípios estão sem aula em todo o Estado, segundo o sindicato. Na semana passada, o governo sugeriu aumentar em 14,57% os salários dos trabalhadores da rede estadual de ensino.
Os trabalhadores estão em greve desde o dia 22 de março e têm como pauta de reivindicação a retomada do Plano de Saúde, o pagamento do vale-transporte integral sem o desconto de 6%, reajuste no auxilio localidade, que passou de R$ 30 para R$ 200 até R$ 1mil.
O impasse está no percentual de reajuste salarial e equiparação do valor do vale alimentação da categoria com o da Polícia Militar, de R$ 600. Atualmente, o auxílio é de R$ 220.