Da Redação
MANAUS – Um grupo de jovens ativistas em Manaus pediu ao prefeito David Almeida (Avante) maior cobertura de esgoto na cidade. Eles fazem parte do Nossas, organização sem fins lucrativos que atua no Brasil desde 2011 e chegou a Manaus em junho deste ano com o projeto ‘Minha Manaus‘.
Com a campanha ‘Sai da fossa, Manaus!‘, o grupo tem disparado e-mails constantes ao gabinete do prefeito pedindo que ele “se comprometa a garantir o aumento da cobertura do serviço de esgoto para no mínimo 60% da população manauara até o fim do seu mandato em 2024”.
Até o momento, 1.251 pessoas assinaram a campanha e enviaram e-mails ao prefeito. Ele ainda não se posicionou sobre a cobrança. O pedido também se estende em perfis de redes sociais e ações presenciais na cidade.
“Queremos que essa concessão (com a Águas de Manaus) seja revista porque são anos de marasmo na capital, temos lugares em Manaus totalmente abandonados. Só 22% da malha urbana é contemplada com tratamento de esgoto. Queremos o comprometimento do prefeito de que teremos 60% de saneamento básico na cidade até o fim de seu mandato”, diz Izamir Barbosa, mobilizador do Nossas.
O projeto do Nossas também é feito no Rio de Janeiro, com o ‘Meu Rio’ e em São Paulo com o ‘Minha Sampa’. Em 2014, em parceria com outros coletivos paulistas, o Nossas garantiu a abertura da Avenida Paulista aos domingos para pedestres.
Antes, em 2013, o coletivo também mobilizou campanha para impedir que a Escola Municipal Friedenreich fosse demolida para virar estacionamento do Maracanã.
Em Manaus, o projeto pretende mobilizar por direitos das mulheres, inclusão econômica, debates ambientais e de cidades. “Vamos sempre olhar para essas vertentes pra ver se existe oportunidade de mobilização”, explica Izamir.
Insatisfação
O próprio prefeito David Almeida, em agosto deste ano, pediu estudo para analisar a viabilidade de encerramento do contrato de concessão com a Águas de Manaus, que é válido até 2045. Segundo a prefeitura, o esgotamento sanitário na capital amazonense é de apenas 22%, enquanto o abastecimento de água alcança 95% das casas.
“Há um déficit histórico de investimentos em esgotamento sanitário. Sabemos que esse serviço quando ofertado proporciona mais saúde para nossa população, por isso queremos esse estudo técnico”, disse o prefeito.