Da Redação
MANAUS – Pacientes que dependem de medicamentos de alto custo no interior do Amazonas receberão o remédio de graça em sua própria cidade. A chamada dispensação será inicialmente implantada no município de Humaitá (a 591 quilômetros de Manaus) pela Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) e a prefeitura do município. O remédio será fornecido pela Cema (Central de Medicamento do Estado do Amazonas) dentro do Programa Estadual de Medicamento Especializado (Proeme) e Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), do Ministério da Saúde.
Serão descentralizados no primeiro momento os medicamentos Risperidona, Quetiapina, Olanzapina e Lamotrigina, utilizados no tratamento de doenças como autismo infantil, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e epilepsia.
Para o secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias, a medida facilitará o acesso da população de Humaitá e dos municípios do entorno – Lábrea, Apuí, Novo Aripuanã e Manicoré – aos medicamentos de alto custo. “Com a descentralização, ampliaremos o acesso dos usuários. A iniciativa de descentralização da dispensação dos medicamentos considerados de alto custo teve início com a Fundação Alfredo da Matta, e agora chegou à hora de iniciarmos a interiorização da Política de Assistência Farmacêutica para os municípios”, disse Tobias.
O programa de dispensação de medicamentos de alto custo da Cema alcança hoje 7.123 pessoas, sendo 1.186 do interior. “Cerca de 83% (5.937 pessoas) dos usuários estão concentrado em Manaus. Temos certeza que com a instalação do serviço nos municípios esse número do interior vai aumentar, porque o medicamento poderá ser adquirido na própria cidade”, avalia Tobias.
Em Humaitá, há apenas duas pessoas com cadastro ativo no serviço da Cema.
Segundo o coordenador da Cema, Antônio Paiva, os medicamentos são dispensados apenas na central, em Manaus. A Prefeitura de Humaitá informou, segundo o coordenador da Cema, que muitos moradores da cidade têm acesso a esse tipo de medicamento no estado de Rondônia. O município chega a gastar de R$ 800 a R$ 900, por pessoa, a cada viagem até Porto Velho, cada vez que o paciente precisa pegar o medicamento.
O próximo município descentralizado será Coari. Na capital, o programa já funciona na Fundação Alfredo da Matta (Fuam) e a Fundação Hospital de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam) também manifestou interesse em firmar parceria para ter farmácia própria.
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