Da Redação
MANAUS – Vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse no Twitter que o superpedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro tem 21 imputações de crime de responsabilidade.
A partir de uma primeira leitura, segundo Ramos, “algumas delas parecem bem consistentes”.
A prerrogativa de aceitar e dar prosseguimento aos pedidos é do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, na segunda-feira (19), em entrevista a uma rádio local, Ramos disse que os atos dele como presidente interino são “atos jurídicos perfeitos”.
“O ato que eu assinar no exercício da interinidade da Presidência é um ato jurídico perfeito. Na hora que eu ler um processo de impeachment, não tem volta. Tem que instalar a comissão e fazer o processamento do pedido. Não estou dizendo que vou fazer isso, mas que está dentro das minhas atribuições caso assuma interinamente a Presidência da Câmara”, disse.
Ramos foi acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de ser o responsável pela aprovação do aumento de valor do Fundo Eleitoral, que passou de R$ 2 bilhões para R$ 5,73 bilhões. O deputado rebateu e pôs a culpa na bancada governista. Bolsonaro disse que vai vetar.
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Nesta terça-feira (20), Ramos disse que Bolsonaro “está armando um acordão” para fixar o valor do Fundo Eleitoral em R$ 4 bilhões.
O deputado anunciou que agora é oposição ao governo Bolsonaro. A decisão foi comunicada à direção nacional do PL, segundo o parlamentar.
Em entrevista à CNN Brasil, Marcelo Ramos disse que Bolsonaro cria artifícios para tentar vingar a própria família, já que seus filhos participaram da votação da LDO que aprovou o ‘fundão’ bilionário.
“Eles estão acostumados a gritar. Aqui não. Pode vir quente”, disse Ramos.
Confira a manifestação do parlamentar no Twitter.