Até agora, não está claro por que o PT tenta impedir a candidatura do deputado federal Francisco Praciano ao Senado. A “Resolução da Comissão Executiva Nacional do PT sobre chapas e coligações 2014”, editada no dia 27 de junho, diz sobre o Amazonas: “Manter o apoio à candidatura do senador Eduardo Braga (PMDB) e determinar que o PT não indicará candidato ao Senado. Determinar ao deputado Praciano que não aceite a indicação para o Senado.” Mas não explica o motivo.
Até aqui, há fogo cruzado entre Praciano e Omar Aziz (PSD), o principal concorrente do candidato do PT e acusado de estar por trás das ações do PT nacional. Mas nenhum dos lados demonstrou o que realmente acontece na Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Omar nega qualquer envolvimento. A Executiva Estadual do PT fica no disse-me-disse e demonstra não ter informações sobre o que se passa em Brasília (ou São Paulo, onde fica a sede nacional do PT). A impressão que passa é de que a Executiva Nacional é um ente inacessível e age com um poder soberano, sem mostrar a face.
Afinal, quem decidiu e por que decidiu barrar a candidatura de Praciano? Essa é a questão que o eleitor quer ver respondida. E quem pode responder é o PT e o próprio candidato Praciano. Se não têm a resposta, ambos devem buscá-la na fonte: na Executiva Nacional. Talvez exigir uma nota pública do PT explicando os fatos.