Da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) realizou manifestação em frente à Arena Amadeu Teixeira, na zona centro-sul de Manaus, nesta terça-feira, 30, em resposta à negativa do governo. Em seguida, seguiram a pé até a Assembleia Legislativa do Amazonas, fazendo um trajeto de 1,5 quilômetro. No parlamento, os professores foram buscar apoio para a reivindicação principal da categoria, o reajuste de 15%.
Durante reunião na segunda-feira, 29, o vice-governador Carlos Almeida reafirmou que não pode pagar mais que 3,93% de reajuste.
A categoria está em greve desde o último dia 15 e reivindica 15%. O ato público seguiu até a Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), onde os representantes buscam conversar com os deputados para obter apoio.
Na reunião de ontem, após receber o estudo do Sinteam e da Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus), o vice-governador apresentou proposta que mantém o reajuste de 3,93%, e propôs a criação de uma comissão com professores e técnicos da Sefaz (Secretaria de Fazenda) para avaliar as perdas salariais, com o compromisso de repor essas perdas, caso sejam confirmadas.
“O governo queria um estudo, nós entregamos. Agora ele quer fazer um estudo do estudo. Na verdade está errado o índice do governo, não é 3,93%. O NPCA de março, que é o índice inflacionário, está 4,58%”, disse Cleber Ferreira, secretário de finanças do Sinteam.
Segundo nota do Governo, a Asprom já definiu um nome para compor a comissão e o Sinteam vai decidir em assembleia se encaminha representante.
Porém, em comunicado, a Asprom informou que a categoria se reunirá hoje em frente à sede do Governo, às 15h30, para decidir sobre a greve e permanece a reivindicação de 15%. Já o Sinteam disse que não haverá assembleia hoje. “Montar uma comissão para estudar o estudo é brincar com a minha inteligência. A greve continua. Não tem acordo”, disse Ana Cristina.
Estudo
Na última terça-feira, 23, o vice-governador Carlos Almeida disse que só pode conceder 3,93%, mas afirmou que, caso fosse constatado que há resquícios do reajuste de anos anteriores, havia a possibilidade de solicitar à Aleam autorização para aumentar o percentual para a classe.
Até o momento, Wilson Lima alega estar impossibilitado de conceder mais que 3,93% por impedimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).