Da Redação
MANAUS – Ao manter em 35% o índice de reajuste salarial, professores da rede pública do Estado decidiram continuar com a greve por tempo indeterminado, desta vez com o reforço dos associados ao Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas). Reunidos em assembleia na manhã desta segunda-feira, 26, na Praça da Polícia, no Centro, a maioria decidiu pela continuidade da paralisação que começou na segunda-feira da semana passada com a adesão de trabalhadores filiados à Asprom Sindical (Associação dos Professores e Pedagogos de Manaus).
Conforme o Sinteam, 82% das escolas estão sem aula. Os educadores rejeitaram a proposta da Seduc (Secretaria de Estado da Educação), de 4,58% de aumento salarial. Os professores ameaçam não lançar as notas do primeiro bimestre.
Na última sexta-feira, a desembargadora Socorro Guedes, do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), julgou ilegal o movimento da Asprom, ordenou a volta ao trabalho e o desconto no salário dos dias parados. A Asprom informou que vai recorrer da decisão. Ocorro Guedes impôs multa de R$ 20 mil por dia em caso de descumprimento. Conforme Guedes, a entidade não possui legitimidade para representar os docentes. A Asprom decidiu manter a greve.
No índice de 35% de reajuste salarial estão incluídos 30% de aumento e mais 5% de ganho real. A categoria quer ainda a manutenção do plano de saúde e vale alimentação.
A Seduc informou que mantém o diálogo com os sindicatos e lembrou que ofereceu aumento de R$ 200 no vale-alimentação para os professores em sala de aula, totalizando R$ 420; promoções verticais de 3.516 professores que concluíram títulos de graduação; extinção da taxa de 6% do vale-transporte; e auxílio localidade de R$ 30 para R$ 200, e até R$ 1 mil dependendo da distância em casos de professores que trabalham em interiores.