Da Redação
MANAUS – Está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa do Amazonas o processo disciplinar contra a deputada Joana Darc (PL). Ela responde ação por declarar em plenário venda de votos por colegas parlamentares na eleição para a Mesa Diretora, ocorrida em 3 de dezembro de 2020. O processo chega à Comissão após nove meses.
A deputada acusou o presidente eleito, Roberto Cidade (PV), de ter oferecido R$ 200 mil por voto a cada deputado. Cidade derrotou Belarmino Lins (Progressita) por 16 a 8. A executiva estadual do Podemos ingressou com pedido de cassação do mandato de Joana Darc por quebra de decoro parlamentar no dia 9 de dezembro de 2020.
Caso a CCJ decida pela continuidade do processo, o próximo passo é a análise pela Comissão de Ética Disciplinar que emite parecer pela cassação ou não do mandato. AS decisão final caberá ao plenário.
Na sessão do dia 9 de dezembro a deputada foi questionada por nove parlamentares. Eles cobraram explicações e apresentação de provas. Joana Darc respondeu afirmando que tinha muito a falar, mas não iria ‘esticar a corda’.
No dia 16 de junho de 2021 a deputada fez um pedido de desculpas na tribuna da Assembleia. Ela usou o termo “uma suposta compra de votos”. “Vim pedir senhor presidente e amigos deputados que se retire dos anais da Assembleia Legislativa as palavras que eu coloquei aqui nesta tribuna de forma injusta e leviana”, disse.
“Espero que isso seja, independente do que aconteça, uma página virada na história desse parlamento, porque nós somos amigos desde o início do mandato”, disse Joana ao presidente da Casa, na ocasião. “Eu me excedi e fui injusta”, reconheceu.
Joana Darc foi líder do governador Wilson Lima (PSC) na Assembleia até o dia 31 de agosto, mesmo dia em que a ação disciplinar chegou à CCJ.
O ATUAL tentou contato com a deputada Joana Darc, que não respondeu a mensagem da reportagem.