Da Redação
MANAUS – Preso desde o dia 10 deste mês no Centro de Detenção Provisória Masculino 2 (CDPM), em Manaus, por porte ilegal de arma de fogo, Diogo de Castro Moraes, 31, foi identificado pela Polícia Civil como suspeito do assassinato do advogado Armando de Oliveira Freitas, de 79 anos, morto em maio do ano passado.
“Ele foi reconhecido por três testemunhas, mas está bastante orientado a ficar calado. Confessou a autoria de outro crime de homicídio, mas se cala a respeito da morte do advogado. Mas há fartas provas. Também estamos querendo saber quem mandou matar e se o alvo era realmente o advogado”, disse o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, sem revelar se a polícia já sabe quem orientou Diogo.
“Os motivos e o mandante, ele não vai falar por enquanto. Ele foi procurado por um advogado, que pediu para ele negar o caso”, afirmou o delegado Paulo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestro. Segundo o delegado, Diogo aparece nas imagens das câmeras de segurança deixando o local do crime.
Martins disse que Moraes assumiu a autoria do assassinato de José Roger Chaves da Silva, ocorrido no dia 28 de maio de 2017, na zona centro-sul de Manaus.
O advogado foi morto com três tiros quando chegava ao escritório, na Avenida Presidente Dutra, no bairro da Glória, zona oeste da capital, no dia 4 de maio de 2018. O revólver usado no crime foi apreendido no mesmo dia. Já o veículo utilizado na fuga foi apreendido dez dias depois.
Diogo tem duas passagens pela polícia, uma em 2017 por porte ilegal de arma de fogo e uma em 2019 também por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de entorpecentes. “Temos fartas provas que o incriminam. Um relatório de inteligência feito pelo sistema prisional, três reconhecimentos por pessoas que estavam na hora do homicídio e sabemos que, de fato, ele participou porque temos as imagens que podem confrontá-lo”, afirmou Martins.
Em dezembro, a Polícia Civil já havia prendido Jerson Rodrigues dos Santos, de 34 anos, conhecido como ‘Gelson’, suspeito de clonar as placas do veículo Ônix branco usado na fuga. Ele já havia sido preso em 2014 pelos mesmos crimes.