Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – O presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), Roberto Cidade (União Brasil) disse nesta terça-feira (7) que, se for preciso, apoiará a abertura de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Amazonas Energia.
Roberto Cidade se manifestou na tribuna do Legislativo para um grupo de 15 pessoas, moradores da zona centro-oeste de Manaus, que nesta segunda-feira (6) impediram técnicos de instalar novos equipamentos na rua e residências.
O deputado disse que uma consumidora foi agredida fisicamente por um funcionário da prestadora de serviço ao participar de uma manifestação pacífica.
Diante da gravidade do fato, Cidade encaminhou requerimento ao secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, General Carlos Mansur, e ao diretor-presidente da Amazonas Energia, Márcio Pereira, com solitação de providências quanto à identificação do agressor e a aplicação das medidas legais cabíveis ao funcionário.
Nova CPI
Em 2021 uma CPI foi instalada na Assembleia. Em 30 de maio do ano passado a comissão apresentou um relatório com 593 páginas, das quais 550 foram transcrições de depoimentos de denunciantes, testemunhas e representantes da empresa investigada.
“No ano passado, o deputado Sinésio Campos, que foi o presidente da CPI da Amazonas Energia, fez um grande trabalho. Aprovamos leis aqui nessa Casa que essa concessionária não as respeitou. Digo para vocês, nós continuaremos aqui e se for preciso abrir outra CPI, tenham certeza que terão meu apoio”, discursou o deputado.
Cidade disse que os serviços da Amazonas Energia pioraram. “Os preços aumentaram, o trabalho ficou pior e quem perde é nossa população”, afirmou.
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O tema voltou a ser discutido na Assembleia após a repercussão da reação dos moradores.
Desde janeiro de 2022 que a Amazonas Energia briga na justiça para instalar os SMC (Sistema de Medição Centralizada). No processo, há decisões e liminares, contra e a favor da instalação
A ação dos moradores do Lírio do Vale para impedir a instalação dos medidores não foi a primeira. Antes, consumidores do Conjunto Canaranas e do bairro Alvorada também impediram os serviços da Amazonas Energia.