Da Redação
MANAUS – A PGM (Procuradoria Geral do Município) ingressou com ação judicial com pedido de liminar para que seja considerada ilegal a paralisação dos agentes de endemias, anunciada pelo Sindagente (Sindicato dos Trabalhadores em Controle e Combate de Endemias no Estado Amazonas) para esta sexta-feira, 2. A Prefeitura tem 702 Aces (Agentes Comunitários de Endemias) vinculados à FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).
O pedido de liminar considera, segundo o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, os prejuízos que a paralisação dos serviços pode causar devido à situação emergencial decretada no município em razão da epidemia por doenças infecciosas virais. Os agentes, conforme o secretário, exercem atividade fundamental no controle e combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus – e da malária. “Fui surpreendido com essa greve, porque somente tivemos uma reunião solicitada pelos agentes e sempre estou aberto para recebê-los e discutir as propostas. O que eles reivindicam, não depende somente da Semsa, porque eles são vinculados e pagos pelo Estado”, disse Homero.
Os agentes também trabalham no Liraa (Levantamento Rápido do Índice de Aedes), que será finalizado esta semana e, em seguida, começam a realizar o plano operativo de ações de controle vetorial em áreas da cidade com médio e alto risco de infestação resultado dos indicadores do Liraa. “No combate à malária, a ausência desses servidores nas atividades fim em período sazonal (agosto a outubro), será um fator crítico para aumento na transmissão da doença por causa do fenômeno enchente-vazante. Já em agosto deste ano, mesmo com o trabalho dos agentes, Manaus ocupou o primeiro lugar no ranking estadual do número de casos, exigindo a intensificação das ações de controle vetorial”, declarou Homero.
O Sindagente informou que a paralisação é para reivindicar aumento salarial e pagamento de benefícios trabalhistas.