Da Redação
MANAUS – O tráfego de veículos na Avenida Maneca Marques, no Parque 10 de novembro, zona centro-sul de Manaus, interditado para obras emergenciais após um deslizamento de terra nessa quinta-feira, 8, deve ser liberado na manhã deste sábado, 10. A Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) aterrou o buraco no canteiro da obra, de propriedade particular, para evitar novo deslizamento que poderia atingir partes da calçada e da via. Um operário morreu e outro ficou ferido no acidente dessa quinta. A Polícia Civil vai investigar a responsabilidade criminal e a Prefeitura vai solicitar o ressarcimento de todo material e equipamentos usados nos reparos emergenciais.
O buraco, informou a Seminf, media 1.800 metros quadrados. Segundo o diretor do departamento de manutenção e infraestrutura urbana, José Roberto Costa, a obra de contenção, feita durante à noite de quinta, deve ser concluída na madrugada deste sábado. “Já foram colocadas cerca de 110 carradas de aterro no local e a meta da prefeitura é fechar o buraco todo, para isso, a previsão é que ainda sejam gastos mais 110 carradas de aterro, chegando ao número de 250 caçambas”, disse.
O desabamento deixou o carpinteiro Raimundo Vieira da Silva, 37, ferido e matou o ferreiro armador Manoel Moreira Alcantara, 39, que ficou totalmente soterrado.
No dia 11 de setembro, o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) embargou a obra comercial e particular, de propriedade de Eliane Sigrid Lacerda dos Reis Bezerra, que sofreu um desabamento, afetando o passeio público na avenida Grande Otelo, esquina com a rua Celta Fernandes, no conjunto Mucuripe 2, Parque 10.
A obra tinha alvará de construção com validade até 30 de setembro de 2016, com responsabilidade técnica do engenheiro Antonio Carlos Lapa Bezerra (CREA-AM 5695-D/AM-RR), e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) número 21.920. A construção comercial permanece embargada por não obedecer ao projeto previamente aprovado, antes do sinistro.
Caso de polícia
Inicialmente, o caso do desmoronamento foi registrado no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), mas a investigação foi transferida para o 23º DIP. O delegado Demetrius Queiroz disse que o prazo para conclusão do inquérito policial é de 30 dias. A morte de Manoel Alcântara foi registrada no 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP).