Da Redação
MANAUS – Reunidos em Manaus no 1° Fórum de Cidades Amazônicas, prefeitos da região encerraram os debates, nesta sexta-feira, 6, com a divulgação do ‘Pacto das cidades amazônicas’. Trata-se de uma espécie de ‘Carta de Manaus’ com propostas subjetivas sobre políticas públicas para a região. A intenção é criara uma agenda ambiental comum aos municípios, com busca conjunta por investimentos em modelos econômicos sustentáveis, mas não há definições práticas e ações concretas para conter a degradação florestal e impactos na vida das populações urbanas.
O documento contém 12 propostas genéricas que incluem preservação ambiental e novos modelos econômicos, sem especificar, porém, como conciliar interesse econômico com ambiental que novos modelos de atividade econômica são mais compatíveis para a região. Dezesseis prefeitos aderiram ao pacto.
Uma das propostas é: ‘Adotar soluções urbanas baseadas na natureza, que contribuam para a adaptação à mudança climática, conservação da biodiversidade, que promovam intervenções inspiradas em ecossistemas saudáveis e a melhoria do bem-estar da população local’.
Anfitrião do Fórum, o prefeito Arthur Neto defendeu que parte do dinheiro recuperado pela Operação Lava Jato seja destinado às prefeituras na Amazônia. Também propôs formar um consórcio de cidades amazônicas para compartilhar dificuldades e soluções.
“Quando todos entenderem que a Amazônia é terra brasileira, mas é de interesse internacional. Isso é inevitável. A importância mundial da Amazônia faz dela uma região privilegiada para receber investimentos e, por outro lado, uma região que cause preocupação se não houver o necessário entendimento do Brasil de que temos que dar um tratar especial com amparo científico e sem preconceitos com as ONGs”, disse Arthur Neto.
“A carta foi o clamor de um povo que quer fazer parte nobre de um país que jamais terá um desenvolvimento nobre se não contar com sua parte mais nobre que é precisamente a sua região de maior potencial de investimento econômico e científico que é a região amazônica”, disse o prefeito de Manaus, ao defender a união dos prefeitos na formulação da agenda ambiental.
Uma próxima reunião está marcada para maio do ano que vem, durante o fórum Amazônia 21, marcado para acontecer em Porto Velho (RO).
Confira na íntegra o texto do Pacto Amazônico.