Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, David Almeida, exonerou as irmãs Gabrielle e Isabelle Kirk Maddy Lins, além de outros seis médicos contratados para atendimento em unidades de saúde para Covid-19, mas com o cargo “gerente de projeto”. O desligamento dos médicos está publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município de sexta-feira, 12.
Fernanda Alves Bueno de Oliveira, Alessandro Silva Pontes, Carla Angelina Lima Ribeiro, David Louis de Oliveira Dallas Dias, Gabriela Pereira de Aguiar, Tatiana Mota Lotti, Gabrielle Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins não fazem mais parte do quadro da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde).
De acordo com a publicação, a exoneração foi a pedido dos profissionais, exceto a de Fernanda Alves.
Para Alessandro Pontes e Carla Ribeiro a exoneração conta desde o dia 1° de fevereiro. Para os demais, desde o dia 4 deste mês. Já para Fernanda Alves foi publicado decreto que tornou sem efeito a sua nomeação.
Em consulta ao site Imuniza Manaus, gerenciado pela Prefeitura de Manaus para acompanhamento da vacinação na capital, e à lista de imunizados da Prefeitura, dos oito exonerados, seis já receberam a segunda dose da Coronavac. Apenas Alessandro Pontes e Fernanda Alves tomaram só a primeira dose.
Os oito médicos foram nomeados nos dias 18 e 19 de janeiro deste ano, e suas contratações geram polêmica porque eles entraram na fila de vacinados da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) e alguns receberam a primeira dose da vacina no dia 19 de janeiro.
Além deles, assumiram como gerentes de projeto nas mesmas condições Manoel Charlete Pereira Júnior e Carlos Augusto do Couto Valle Bonfim Borborema, mas não consta no DOM exoneração dos dois até o momento. Ambos já estão imunizados.
Pedido de exoneração
A Secex (Secretaria Geral de Controle Externo), do TCE (Tribunal de Contas do Amazonas), havia pedido através de medida cautelar a exoneração dos médicos nomeados para o cargo de ‘gerente de projeto’.
No dia 3 deste mês, o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello, publicou despacho no Diário Oficial Eletrônico do órgão admitindo a representação e encaminhando o processo ao relator, conselheiro Ari Moutinho Júnior.
Até esta sexta-feira, 12, o conselheiro não havia se manifestado sobre o pedido da Secex.
Na representação, a Secex alegou que embora na lista de vacinação os profissionais apareçam como médicos, em consulta ao sistema da Prodam, aparece apenas o cargo comissionado de gerente de projeto.
O órgão de controle do TCE também argumenta que não há autorização legal para que os profissionais, admitidos em cargos em comissão destinado a atividades estratégicas, pudessem atuar como médicos em atendimento direto aos cidadãos.
Confira a exoneração no DOM: