
Do ATUAL
MANAUS – Envolvido na briga que terminou com um advogado baleado na última sexta-feira (18) em Manaus, o investigador da Polícia Civil do Amazonas Raimundo Nonato Machado se apresentou, na manhã deste domingo (20), na delegacia de Rio Preto da Eva (município a 57 quilômetros de Manaus) para cumprir a prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas.
De acordo com o delegado Henrique Brasil Batista, da 36ª Delegacia Interativa de Polícia, Nonato Machado se apresentou por volta de 5h após ter conhecimento da ordem de prisão expedida pelo juiz Alcides Carvalho Vieira Filho, a pedido do Ministério Público do Amazonas. Ela era lotado naquela delegacia.
“Informo que o IPC Raimundo Nonato se apresentou ao delegado titular desta unidade policial haja vista ser lotado na referida delegacia, isto porque tomou conhecimento da expedição de mandado de prisão contra si e resolveu se entregar às autoridades”, diz trecho do boletim de ocorrência.
O investigador foi encaminhado para a Delegacia Geral da Polícia Civil, em Manaus. Ele passou por exames de corpo de delito e seguiu para carceragem, onde ficará preso.
Nonato Machado é marido de Jussana de Oliveira Machado, que também foi presa em flagrante após disparar contra o advogado Ygor de Menezes Colares. Ela usou a arma do marido.
O disparo ocorreu durante confusão no estacionamento do condomínio Life, no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus, por volta de 18h30 de sexta-feira (18).
Conforme as investigações, há algum tempo, o investigador e a mulher vinham tendo desentendimentos com o advogado e Cláudia Gonzaga Lima, que trabalha como babá. Eles chegaram a se reunir com o síndico do condomínio e prometeram encerrar a desavença.
Na sexta-feira, no entanto, vídeos mostram o momento em que Jussana Machado agride Cláudia. O investigador aparece ao lado, em pé, incentivando a mulher a agredir a babá.
Em determinado momento, o advogado chega no estacionamento e o investigador parte para cima dele. Antes, entrega a arma para a esposa.
O investigador e o advogado iniciam uma luta corporal. Enquanto isso, Jussana aponta a arma para quem se aproxima. Ela chega a dar uma coronhada na cabeça da babá.
A mulher do investigador dispara e atinge a panturrilha esquerda do advogado.
Ygor Colares sai do local e Nonato Machado vai atrás. O investigador chega a dar um soco no rosto dele.
No dia da confusão, apenas Jussana foi presa. O Ministério Público pediu da polícia explicações sobre o motivo de não ter flagranteado Nonato Machado, pois foi ele quem “forneceu a arma de fogo de uso restrito que foi utilizada para efetuar o disparo que lesionou a vítima Ygor”.
O Ministério Público pediu a prisão do investigador e o pedido foi aceito neste sábado pelo juiz Alcides Carvalho Vieira Filho.