Do ATUAL
MANAUS – Pesquisadores do Amazonas implantaram e validaram protocolo de segurança de garantia contra contaminação causada por agentes tóxicos produzidos por fungos nas etapas da cadeia produtiva da castanha-do-Brasil.
O protocolo, que abrange desde a coleta até o transporte e armazenamento da castanha, foi implantado em uma cooperativa do município de Beruri (distante 73 quilômetros de Manaus).
Os conceitos implantados e validados poderão ser transferidos para aplicação em outras cooperativas do Amazonas.
A pesquisa é apoiada pelo Governo do Estado, através do Programa Amazonas Estratégico, da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas).
De acordo com a pesquisadora Ariane Mendonça Kluczkovski, da Universidade Federal do Amazonas, coordenadora do projeto, o protocolo analisou diversos parâmetros de qualidade e segurança, entre os quais, as condições higiênicas, sanitárias e organizacionais da cooperativa.
“Esse protocolo de manejo da castanha-do-Brasil envolve todos os cuidados que devem ser adotados, desde o castanhal, de forma a evitar a contaminação de agentes tóxicos que podem ser produzidos por fungos que estejam ao longo do processamento da cadeia produtiva da castanha”, diss Ariane.
Ela afirma que verificar a condição de trabalho do castanheiro e a forma como é realizado o manuseio da castanha também são fatores considerados pelo protocolo, para evitar a contaminação por fungos e, assim, garantir que boas práticas de manejo sejam seguidas, além de possibilitar a oferta de um alimento seguro.
A capacitação da indústria de castanhas em sistemas de qualidade pode adequar o produto, inclusive, as normas exigidas por mercados internacionais.
A pesquisa contou com a participação de colaboradores da Ufam, da Universidade Nilton Lins, da Universidade Federal de Viçosa, do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas e da Fundação de Vigilância em Saúde.