Da Redação
MANAUS – Todos os trabalhadores da educação, da rede pública e privada, com idade entre 18 e 49 anos, que trabalham em Manaus, podem participar do estudo CovacManaus a partir desta segunda-feira, 22.
Antes aberta somente para os servidores das secretarias municipal e estadual de Educação, da UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e da Segurança Pública, agora a nova etapa inclui todos os trabalhadores do ensino infantil, fundamental, médio e superior da capital. O vínculo empregatício será comprovado mediante apresentação de contracheque de 2021.
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“Estava previsto que, mediante baixa procura, novas etapas seriam implementadas no estudo. Hoje iniciamos a inclusão de todos os trabalhadores da educação de Manaus, desde aqueles que trabalham em creches até aqueles que atuam no ensino superior”, diz o médico infectologista Marcus Lacerda, um dos coordenadores do estudo.
Os participantes que apresentam comorbidade comprovada por laudo médico serão vacinados com as duas doses da vacina CoronaVac. As pessoas sem comorbidade serão acompanhadas pela equipe de pesquisa, com realização de exames sorológicos, até que sejam imunizados de acordo com o plano de vacinação do município.
“Espera-se que ao final do estudo todos os trabalhadores da educação com comorbidades, com idade entre 18 e 49 anos anos, que atuam em Manaus sejam vacinados. Isso inclui desde as pessoas que realizam a limpeza das escolas, até os professores e diretores de todas as unidades de ensino”, afirma Lacerda.
Os interessados em participar da pesquisa devem ir à Escola Normal Superior da UEA, em frente ao Amazonas Shopping, das 9h às 16h, segundo cronograma de atendimento por grupo etário divulgado no site ipccb.org.
No dia do atendimento, é necessário apresentar documento original com foto, contracheque de 2021 e laudo médico para aqueles que declaram comorbidades. Para agilizar o atendimento, o participante pode preencher o formulário de consentimento online.
CovacManaus
O estudo busca identificar se a aplicação da vacina em pessoas com comorbidades terá impacto na prevenção das formas grave da doença, em Manaus, onde predomina a variante P.1 do vírus.
A pesquisa é conduzida pela médica infectologista da FMT (Fundação de Medicina Tropical) e Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UEA, Maria Paula Mourão e pelo médico infectologista da FMT e especialista em saúde pública da Fiocruz, Marcus Lacerda.
As 10 mil doses da vacina CoronaVac destinadas à pesquisa foram doadas pelo Instituto Butantan e são de uso exclusivo para o uso no trabalho.
“É importante deixar claro que as doses enviadas pelo Instituto Butantan são de lotes diferentes das doses enviadas pelo Ministério da Saúde para a imunização de rotina da população. Essas doses foram produzidas para fins de pesquisa e são embaladas em monodoses, ou seja, cada dose vem no kit com seringa, agulha e conteúdo”, diz Lacerda.