Do ATUAL
MANAUS – Hatus Silveira, ex-personal traine de Djidja Cardoso, disse em depoimento na terça-feira (4), no 1º DIP (Distrito Integral da Polícia), que foi vítima da família. Ele contou que recebeu dose de cetamina sem consentimento.
O advogado de Hatus, Mozarth Bessa, disse em entrevista coletiva que o personal estava na casa da família a trabalho. “Enquanto ele conversava com um dos familiares, a falecida [Djidja Cardoso] veio por trás e aplicou [cetamina] utilizando uma agulha de insulina” disse Mozarth Bessa.
Ainda conforme Mozarth Bessa, o personal não sabia do que se tratava a substância e não denunciou o ocorrido para “não prejudicar ninguém”, mas que após o episódio cortou o contato com a família Cardoso.
De acordo com ele, o personal foi contratado por Ademar Cardoso e Bruno Roberto, irmão e ex-namorado de Djidja Cardoso, para recuperar a forma física de Audrey Schotti, ex-companheira de Ademar. Ele detalhou que ela tinha saído recentemente do hospital.
“Uma das familiares que se encontrava na residência estava bem debilitada e foi solicitado o auxílio dele [Hatus] em uma possível recuperação da estrutura corporal depois que saiu do hospital. A pessoa foi retirada e levada para a residência e o Hatus foi chamado e se surpreendeu quando viu a pessoa naquele estado, de fralda, com a aparência cadavérica”, disse Bessa.
Outro depoimento
O pai da ex-cunhada de Djidja Cardoso, que não quis ser identificado, contou que a filha, de 27 anos, se tornou dependente de drogas e era mantida em cárcere privado pela família da ex-sinhazinha do boi Garantido. Eles foram avisados pela diarista que trabalhava na casa sobre a situação da filha.
Na época ela era companheira de Ademar Cardoso e foi resgatada pela polícia a partir de denúncia dos pais. O pai de Audrey disse que a filha precisou ser internada para tratar a dependência química e que, no auge do consumo de cetamina, chegou a ser mantida em cárcere privado pelo então namorado.
A jovem, mãe de dois filhos – um menino de 4 anos e uma bebê de 8 meses – enfrenta problemas com dependência química. O pai dela relatou que o filho mais velho presenciou a mãe sob efeito de cetamina e a acompanhou em um atendimento médico. “Ele está fazendo tratamento psicológico por causa disso. Ele se tornou um menino nervoso e ansioso”.
Atualmente, os avós cuidam das crianças. A jovem vive com o pai, mas ainda não superou a dependência química.
“Ela não reconhece que é dependente, ainda não chegou nesse estágio. Não sei nem se vai chegar no estágio de reconhecer, porque às vezes as pessoas acabam morrendo. Espero que os fatos que aconteceram […] seja motivo para ela se tocar e tomar uma atitude na vida dela”, concluiu o pai.