Da Redação
MANAUS – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em Manaus, na manhã desta quinta-feira, 25, que sabe da importância da estrutura tributária atual no Amazonas e que “isso será levado em consideração quando apresentarmos nossa proposta”, ao se referir aos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus e o projeto de reforma tributária.
“Não vamos usurpar nada que seja bom para o Brasil, nós temos que construir alternativas melhores para todas as regiões. Vamos preservar o que existe, estimular o que existe e imaginar recursos diferentes e melhores”, afirmou o ministro, após a primeira reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), da qual é presidente. “Nós vamos preservar a força das regiões brasileiras, nós vamos adicionar recursos possíveis, mas não vamos atingir a essência, o coração econômico das regiões brasileiras e principalmente desta região”, completou.
Guedes disse que sabe da importância e da dimensão estratégica que a Amazônia tem para o país. “Sabemos que uma árvore viva por valer muito mais que uma árvore morta. Nós sabemos que temos riquezas que podem ser preservadas, mas transformadas em recursos materiais e em progresso. Isso aqui não é um deserto, é uma fonte inesgotável de recursos”, disse o ministro.
Questionado sobre declarações anteriores contrárias aos incentivos fiscais à Zona Franca de Manaus, Paulo Guedes minimizou: “Quando falei em reforma tributária, vocês (jornalistas) me perguntaram: nós queremos fazer uma reforma tributária, então como fica a Zona Franca de Manaus? Eu respondi: você quer que o Brasil não faça uma reforma por causa disso ou você quer que a gente atenda a região da zona franca, mas que isso não impeça uma reforma tributária que seja importante para o Brasil? Se vocês (repórteres) quiserem o conflito o tempo inteiro, vocês vão viver disso o tempo inteiro”, rebateu.