Da Redação
MANAUS – Centenas de mulheres participaram de palestra com orientações sobre violência doméstica. A atividade foi realizada no Centro Estadual de Convivência da Família Teonízia Lobo, no bairro Amazonino Mendes, zona leste de Manaus.
A promulgação da Lei Maria da Penha foi um avanço para o enfrentamento da violência contra a mulher, disse a assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcanti, ao acrescentar que ainda é preciso avançar mais, especialmente na assistência à rede de apoio dos órgãos que atuam na assistência social, psicológica e jurídica para que essa mulher consiga ser atendida de uma maneira integral e conseguir quebrar esse ciclo da violência.
“Hoje, os canais de denúncias estão mais facilitados para que essa mulher possa denunciar os maus-tratos que enfrenta no dia a dia, mas a lei, embora tenha 13 anos, precisa alcançar muito mais pessoas que sofrem por conta desse tipo de violência que atinge toda a família”, disse Celi.
A campanha nacional ‘Justiça Pela Paz em Casa’, que inicia na próxima semana e todos os Tribunais de Justiça do Brasil participam, realizando uma semana de mutirão com audiências e atividades psicossociais, de orientação e reflexão em relação ao enfrentamento da violência contra a mulher.
Anália Mota Sampaio disse que o Centro de Convivência recebe uma demanda considerável de mulheres vítimas de maus-tratos que são encaminhadas para a Delegacia da Mulher. “De lá eles direcionam a vítima para onde devem ser atendidas”, disse.
Para Maria da Conceição Mendes Souza, 70 anos, a lei é boa, mas precisa ser mais rígida, para conter a fúria de maridos e companheiros violentos, que precisam ficar presos por um bom tempo.