Por Washington Luiz, da Folhapress
BRASÍLIA – Em meio aos atritos da CPI da Covid com as Forças Armadas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniu na manhã desta quinta-feira com o ministro da Defesa, Braga Netto.
O encontro ocorreu um dia depois de a pasta divulgar uma nota em que repudia declarações feitas pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que há muitos anos o Brasil “não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Pelo Twitter, Pacheco afirmou que o fato foi um “mal-entendido” e já está encerrado.
“O episódio de ontem [quarta], fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz, presidente da CPI, já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado”, escreveu.
O presidente do Senado disse ainda que “deixou claro” o reconhecimento do Senado “aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”.
Na nota, Braga Netto e os comandantes afirmam que Aziz, em sua fala, desrespeitou as Forças Armadas e generalizou esquemas de corrupção.
Após a reação da Defesa, Aziz disse que sua fala não generalizou o comportamento dos militares e afirmou que eles não podem intimidar o Congresso. Ele classificou a resposta da Defesa de “desproporcional”.
“A minha fala foi pontual, não foi generaliza. E vou afirmar aqui o que eu disse na CPI novamente. Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimidem. Porque quando estão me intimidando, estão intimidando essa casa (Senado) aqui”, declarou no plenário do Senado nessa quarta (7).