Da Redação
MANAUS – Na capital do Amazonas, a estrela é a farinha “ova” do Uarini – ou “ovinha, a depender da bolinha de mandioca que lembra ova de peixe. Produzida na cidade de Uarini, um município do médio Solimões, próximo a Tefé, a farinha é a base econômica do município. Cada quilo chega ao consumidor por algo em torno de R$ 10.
Considerada cara para os padrões locais, a farinha do Uarini é usada para tudo: rechear peixe, fazer farofa, comer com castanha, melhor acompanhamento para o peixe frito. Está na casa de todo amazonense que se preze e é uma das primeiras apresentações a quem visita o Amazonas e começa a desfrutar da sua gastronomia.
Produção
A farinha do Uarini é resultado de um longo e artesanal método de produção. A mandioca é colhida e imersa em água por 2 ou 3 dias para fermentar, amolecer e soltar a casca. A partir daí, é triturada para se tornar uma massa, que é prensada em um tipiti (objeto de palha trançada feita para secar massa de mandioca), para, finalmente, ser peneirada.
Depois disso tudo é que começa o processo de refinamento da farinha ova. A massa é colocada num “boleador”, um objeto cilíndrico que é girado lentamente de forma que os grãos se tornem redondinhos. Então, a farinha é colocada no tacho de ferro para torrar. Ao ser retirada, é peneirada e embalada.