MANAUS – Os políticos brasileiros apresentam um pequeno defeito de fábrica, comum à grande maioria: o descaramento. Essa palavra tem como sinônimos, entre outros substantivos, cinismo, desonestidade, imoralidade, desfaçatez… O Dicionário Online de Português a define como “ausência ou falta de vergonha”. É exatamente isso.
O marketing político “vende” durante as campanhas eleitorais a imagem dos candidatos como honestos, probos, transparentes, respeitadores da coisa pública, e, principalmente, como aquele que está ao lado do povo e para ele está disposto a trabalhar.
Ao assumir o cargo para o qual foi eleito, a maioria esmagadora dos políticos brasileiros mudam completamente de comportamento. Alguns, na verdade, não mudam, apenas retiram o manto vestido pelos marqueteiros durante a campanha eleitoral e voltam a ser o que sempre foram.
Isso ocorre tanto com os detentores de cargos do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo, mas é nos parlamentos que a desfaçatez impera, que o descaramento salta aos olhos dos cidadãos mais atentos.
Sempre que tem uma votação de grande relevância para a sociedade, os parlamentares, de norte a sul, do menor município ao planalto central, mostram-se os mestres na arte do cinismo.
As eleições para presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nesta segunda-feira, 1°, são emblemáticas. Houve de um tudo. Falando em nome da defesa do Brasil e do desenvolvimento, políticos mudaram de lado, abandonaram suas legendas e ideologias em troca de favores para eleger os candidatos do presidente da República.
Um humorista do rádio que trabalha no campo da política disse, na manhã desta terça-feira, 2, que Arthur Lira, o eleito, é o presidente da Câmara mais caro da história. A candidata do MDB, Simone Tebet, abandonada pelo partido, denunciou a “compra” de votos e disse que não se vendia.
Pode ser exagero, mas não é surpresa para ninguém que a eleição de Lira, na Câmara, e de Rodrigo Pacheco, no Senado, custou a liberação de milhares de reais em emendas parlamentares e a oferta de cargos na administração federal, inclusive, ministérios.
Em meio á balbúrdia que se transformou a disputa eleitoral no Congresso, aqueles que pregam a transparência nas campanhas produzidas por marqueteiros, agora defendem a votação secreta, com o discurso pronto de que o voto aberto serviria para parte dos parlamentares e partidos coagir os “traidores”.
Muito mais danoso à sociedade é o voto secreto, porque com ele o parlamentar fica à vontade para trair o eleitorado, o partido, os colegas de parlamento. Prevalece a vontade própria do político, as alianças feitas às sombras, os conchavos de esgoto.
Se fosse bom para a sociedade, que mal teria o deputado declarar seu voto neste ou naquele candidato? Que partido poderia coagir o parlamentar que optasse por uma postura republicana, ética, sensata?
Mas não se trata de defender a sociedade, mas de defender seus próprios interesses. E os políticos profissionais fazem isso sem qualquer incômodo. É como se fechassem os olhos para a sociedade. Fechando os olhos, eles não percebem que os cidadãos estão lhes vendo, o que os fazem pensar que tanto faz que estejam nus ou vestidos.
É o cúmulo do descaramento.
Lembrando que isto é comum em todos os Poderes e Esferas de Governo e há muito tempo… José Sarney(2003), Renan Calheiros(2005) , Tião Viana(2007), dentre outros, foram eleitos Presidentes do Senado com as “bençãos” do PT e do ex-Presidente Lula, ou seja, isto NÃO é novidade há Décadas. Mantenham a imparcialidade de vcs, pois estas Ideologias Políticas no Brasil, sejam estas, de Direita ou Esquerda, são extremamente maléficas ao País.
Antonio Pois o governo Bolsonaro que na campanha eleitoral de 2018 pregava a transparência e a anticorrupção se colocando contra a velha política e o Toma-lá da ca e que ta fazendo a mesma coisa que os governos anteriores poderia muito agir diferente e ter cumprindo o que prometeu ne meu chapa 😉😉😉😉😉😉😉😉 ????????