Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – O número de pessoas sem comorbidades que precisam de leitos de UTI no Amazonas por complicações da Covid-19 aumentou em janeiro deste ano. Paciente com comorbidades é aquele que tem mais de uma doença pré-existente, como diabetes, hipertensão e obesidade.
No mês passado, 36% dos pacientes internados com Covid-19 estavam nesta condição, ou seja, eram consideradas pessoas sadias até contrair o vírus. Em abril e maio de 2020, pico da primeira onda da pandemia, os sem comorbidades eram 19%.
Segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), em abril e maio do ano passado 81% dos pacientes que precisavam de um leito de terapia intensiva tinham ao menos um fator de risco, essa taxa hoje é de 64%.
A Fundação também constatou o aumento no número de mortes de pessoas sem comorbidades. “Em 2020, 70% dos pacientes que evoluíram para óbito apresentavam pelo menos uma doença pré-existente, no primeiro mês de 2021 essa proporção é 57%”, informa a FVS no boletim epidemiológico.
Entre adultos de 20 a 59 anos que morreram vítimas da Covid-19, 67% deles apresentavam algum fator de risco durante as semanas de pico da pandemia em 2020.
Em 2021, neste segundo pico da pandemia, a taxa de adultos que morreram pelo agravamento de outra doença associada caiu para 46%. Isso significa que é maior a proporção dos que morreram sem apresentar fator de risco.
Os dados mostram mudança no perfil de infectados pela Covid-19 que está se agravando. Na segunda-feira, 8, a Fundação informou um aumento de 95,6% nas mortes de pessoas com idade entre 20 a 59 anos, em comparação com o primeiro pico da pandemia em 2020.
No boletim, a FVS não explica os motivos das mudanças quanto às comorbidades, mas atribui o aumento de casos de 2021 aos eventos festivos e à campanha eleitoral.
“A partir da segunda quinzena de setembro de 2020 foi observado o aumento no número de casos, coincidindo com alguns eventos como as campanhas político partidários e os grandes feriados. Associado a isso, observou-se o abandono das medidas de proteção individuais e coletivas por parte da população. Houve oscilações no número de casos ao longo dos meses de outubro e novembro. No final de dezembro, houve aumento acelerado de casos”, informa.
Questionada se as mudanças nos dados tem relação com a nova variante P1, identificada no Amazonas, a Fundação explicou que as pesquisas iniciais apontam maior carga viral em pessoas infectadas pela variante, mas que não é possível traçar um paralelo entre o aumento de casos em pessoas mais jovens, porque os estudos não foram concluídos.
“Pesquisas preliminares atuais apontam que pessoas infectadas por essa variante apresentam maior carga viral, o que pode estar relacionado ao agravamento do quadro clínico dos pacientes, mas ainda não é possível afirmar que a variante é responsável pelo adoecimento desse grupo de 20 a 59 anos”, disse.
A FVS também foi questionada sobre os outros motivos que podem explicar as mudanças, mas não respondeu.
Esse jornal está parecendo um puxadinho da globolixo e do jornal foice da são Paulo. O assunto é só corona vírus! Será que não há outro assunto importante em todo o Estado do Amazonas?