Da Redação
MANAUS – A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM) projeta um aumento entre 3,4% e 4% nas vendas do final de ano. O índice leva em consideração dois cenários: o pagamento da segunda parcela do 13º salário até o dia 20 deste mês e a recuperação do crédito por consumidores que saíram da inadimplência e ‘limparam’ o nome no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Conforme a CDLM, 47 mil pessoas voltaram a ter condições de comprar a prazo.
Para atrair os consumidores, os lojistas do Centro de Manaus vão ampliar o horário de atendimento em mais três horas, até às 22h, entre os dias 16 e 24 deste mês. A intenção é atrair as pessoas que saem do trabalho após as 17h. “Ficará a critério do lojista. Se o movimento estiver mais fraco, eles fecham as lojas antes desse horário”, disse o presidente da CDLM, Ralph Assayag.
Conforme o empresário, as duas semanas que antecedem o Natal são cruciais para aumentar as vendas. Assayag não soube informar o volume de vendas a prazo alcançado pelo comércio no mesmo período do ano passado. Agora em 2016, a estimativa é que os consumidores reduzam o número de prestações para evitar novo endividamento. “Todo mundo vai comprar mais a prazo pela segurança de pagar prestações que cabem no orçamento. Muita gente também deve usar o dinheiro do 13º para as compras de Natal, com o qual o comerciante está contando”, disse Assayag. “Acredito que a recuperação de crédito também poderá influenciar no crescimento das vendas, mesmo nesse período de crise”, disse.
No Centro de Manaus, onde o comércio de confecções é predominante, os lojistas não farão promoções. Alguns empresários decidiram promover liquidação reduzindo o preço entre 10% e 30%. Sorteios de brindes está descartado.
Shoppings
O horário de atendimento nos shoppings também irá até mais tarde, às 23h. No sábado e domingo, o fechamento das lojas será às 22h. Alguns pretendem encerrar o expediente a meia-noite dos dias 22 e 23 deste mês. Adotaram esse esquema de funcionamento os shoppings Manauara, Ponta Negra e Amazonas Shopping.
Com a crise, os shoppings de Manaus não investiram em sorteios de carros, pacotes de turismo e imóveis como em anos anteriores. As promoções se limitam a campanhas de solidariedade e ingressos para espetáculos de Natal. “Acreditamos que é hora de olhar para frente com boas expectativas. Não podemos estimar ainda um número com mais de dois dígitos, mas com certeza será melhor que o de 2015”, disse Mercedes Braz, presidente da Associação dos Lojistas do Amazonas Shopping Center (Alasc).