Da Redação
MANAUS – O secretário municipal de Articulação Política da Prefeitura de Manaus, Luiz Alberto Carijó, disse em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, nesse domingo, 13, que “não houve nenhum tipo de prevaricação” no caso de possível envolvimento de servidores no assassinato do engenheiro civil Flávio Rodrigues dos Santos, 42. “Todas as medidas que cabem à instituição Prefeitura de Manaus estão sendo tomadas. Todos os fatos estão sendo apurados”, afirmou Carijó.
O secretário lembrou que a Prefeitura não foi citada, por carta, ofício ou qualquer outro tipo de documento, para prestar esclarecimentos à polícia. “Vamos fazer a apuração de forma transparente e clara. Se necessário, haverá punições”, disse o secretário.
Carijó afirmou que foi aberta sindicâncias para apurar a conduta do sargento da Polícia Militar Eliseu da Paz, da Casa Militar, e o uso do carro que o servidor usava no dia da morte do engenheiro. “Não houve nenhuma orientação superior, seja do prefeito ou de quem quer que seja. Até porque, no dia do evento, o prefeito estava em um procedimento médico no hospital Adventista e estava, inclusive, sedado. Não houve qualquer tipo de acobertamento, nem interferência do prefeito ou da prefeitura” disse Carijó, repetindo declaração dada na Câmara Municipal de Manaus na semana passada.
O procurador-geral do município, Rafael Albuquerque, também repetiu argumento proferido na Câmara ao citar o Decreto Municipal 2.572, de outubro de 2013, que prevê a segurança pessoal, por servidores da Casa Militar, para o prefeito, vice-prefeito e suas respectivas famílias. Mesmo assim, ele explicou que foram instauradas duas sindicâncias para apurar a presença do servidor municipal lotado na Casa Militar no dia ocorrido.
“Nós já temos duas comissões de sindicâncias para apurar as circunstâncias de envolvimento de um servidor público, ocupante de cargo em comissão, no evento. A outra comissão de sindicância instaurada é para apurar as circunstâncias de utilização de um veículo. Caso comprovada alguma ilegalidade, aplicaremos as penalidades passíveis de serem aplicadas”, disse.
A primeira-dama do município, Elisabeth Valeiko, mãe de Alejandro Molina Valeiko, 40, preso por suspeita de envolvimento no crime, disse que espera que a polícia descubra a verdade. Flávio Rodrigues participou de uma festa na casa de Alejandro, no condomínio de luxo Passaredo, na Ponta Negra, zona oeste de Manaus, no domingo, 29 de setembro. O corpo do engenheiro foi encontrado na manhã de segunda-feira, 390, em um terreno baldio no Tarumã, próximo ao condomínio.