Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto disse ser contra o decreto que libera plantio de cana de açúcar na Amazônia e Pantanal. O prefeito relacionou o avanço do agronegócio com o alto nível de desmatamento.
“Creio que nós devemos explorar a biodiversidade que não mexe com a floresta e se é verdade que pode haver um lucro imediato com o avanço do agronegócio sobre terras da Amazônia, eu tenho impressão que isso é muito responsável pelo alto nível de desmatamento da região, pelo alto nível de desmatamento no Pará, por exemplo, segundo estado em tamanho aqui da região”, disse Arthur.
O prefeito também se posicionou a favor da preservação de terras indígenas por questões políticas e sentimentais. “Não sou a favor de garimpo, não sou a favor de mexer com terras indígenas, entendo que eles devem ser preservados por duas razões; uma razão é política, porque o mundo inteiro se vira contra nós, a segunda é uma razão sentimental, nós somos descendentes deles e devemos preservá-los e lutar para que eles tenham uma vida em paz e se integrem à sociedade da maneira que queriam e que seja possível fazer”.
Segundo o prefeito, a exploração da biodiversidade, unida a ações da Zona Franca de Manaus, trariam mair rendimentos à região e ao país. “Eu sou favorável a nós ganharmos muito mais dinheiro para o Brasil, para o Amazonas e para Manaus explorando a biodiversidade. A biodiversidade, explorada com os incentivos da Zona Franca de Manaus, fica imbatível na competição com todos os países fortes nesse ramo, como Colômbia e sobretudo a Costa Rica que vive da sua biodiversidade”, disse
Arthur finaliza explicando que sem explorar a biodiversidade não há salvação para a região.”Nós temos que avançar no caminho do desenvolvimento sustentável. Fora do desenvolvimento sustentável não tem salvação e eu não apoio nenhuma medida que não seja ligada à ideia do desenvolvimento sustentável”.