
Do ATUAL, com informações de assessoria
MANAUS – A presença feminina vem ganhando destaque nas operações do Aeroporto de Manaus. Atualmente, 53% da força de trabalho das áreas operacional e administrativa do aeroporto é composta por mulheres. A informação é da rede VINCI Airports, responsável pela administração do aeroporto da capital amazonense, que no ano passado foi responsável por movimentar mais de 2,9 milhões de passageiros.
De acordo com a empresa, o número de mulheres empregadas é reflexo de uma atuação focada na promoção da diversidade, inclusão e valorização das mulheres em posições estratégicas na administração aeroportuária, desconstruindo estereótipos e abrindo caminhos para novas gerações.
Os esforços, no entanto, ainda precisam avançar, principalmente nos cargos administrativos de liderança. Os dados nesse campo destoam dos dados gerais. Atualmente, apenas 35% dos cargos de liderança da empresa são ocupados por mulheres.
A supervisora operacional Silvana Andrade, de 36 anos, se encaixa nesse percentual, e lembra como conseguiu ascender na carreira. Ela, que atua há dois anos no aeroporto, relembra que iniciou sua jornada profissional na empresa quando ainda estava grávida e, após o processo de licença-maternidade, retornou e consolidou sua posição em uma área historicamente conduzida por homens.

“Hoje, esse cenário mudou. Agora temos muitas mulheres no pátio, sinalizando aeronaves. Antes, essa era uma atividade exclusiva dos homens. A empresa enaltece as mulheres nesses cargos estratégicos e posições de comando”, ressaltou.
Mãe de três filhos e cadeirante, a agente operacional Dhiullyana Santos, de 33 anos, relembra que enfrentou dificuldade em dose dupla para se firmar no mercado de trabalho e diz que as mulheres não podem esmorecer.
“Muitas pessoas, ao verem uma cadeirante, pensam que ela não será capaz. Mas nós, assim como qualquer outro profissional, somos exemplos de superação. O caminho para a mulher é persistir. Precisamos ter coragem e nos valorizar sempre”, destacou.
Apaixonada pela profissão, a agente operacional Juciquele Chaves, de 46 anos, afirma que testemunhou de perto os avanços na valorização do trabalho feminino no ambiente aeroportuário.
“Trabalho no aeroporto há mais de 20 anos e vejo que as mulheres estão conquistando mais espaço. Me sinto completamente realizada com minha profissão e quero que cada vez mais mulheres se sintam assim”, afirmou.
À frente da Gerência Comercial do terceiro maior terminal de cargas do País, o TECA do Aeroporto de Manaus, Luciana Procoro também vem conquistando espaço em uma área que, até então, possui maior predominância de mão de obra masculina e conta como tem sido a experiência.
“Sempre olho o lado positivo, a força que a diversidade gera como meio de usufruir e me diferenciar por ser mulher. Utilizar a pluralidade de perspectivas, se fazer ouvir e respeitar através da escuta ativa, trazendo significado ao que faço, tem transformado positivamente o meu dia a dia e tornado o ambiente de trabalho tranquilo e saudável, e isso tem sido lindo de viver”, disse.