Da Redação
MANAUS – O MPF-AM (Ministério Público Federal do Amazonas) investiga denúncia de possíveis irregularidades praticadas pela Caixa Econômica Federal em financiamento do loteamento Viver Melhor III, no Conjunto Nova Cidade, zona norte de Manaus.
A investigação foi determinada pelo procurador da República no Amazonas, Leonardo Sampaio de Almeida, ao converter a NF (Notícia de Fato) n° 1.13.000.001695/2017-90 em inquérito civil. Na portaria, o procurador não especifica o que será investigado e nem o valor do financiamento.
O Viver Melhor III foi inaugurado em dezembro de 2016 pelo então governador José Melo (Pros que teve o mandato cassado por compra de votos na eleição de 2014. O residencial tem dois mil apartamentos e custou R$ 131,9 milhões, dinheiro do programa Minha Casa, Minha Vida.
A assessoria da Caixa informou que desconhece a investigação do MPF, mas comunicou que solicitaria posicionamento da direção do banco em Brasília. Até a publicação desta matéria, a entidade financeira não havia emitido nenhum comunicado.
Convênio
Outra investigação do MPF envolve a Adesam (Agência de Desenvolvimento Social do Amazonas) para “apurar possíveis irregularidades no Convênio 077/2007 (Siafi 591937) firmado entre o Ministério do Turismo e o órgão estadual, originária da Tomada de Contas Especial nº 012.964/2011-5”, conforme instrução do procurador Leonardo Sampaio.
A Adesam, segundo o MPF, não prestou contas do convênio no valor R$ 3,3 milhões. No Acordão nº 638/2014, o TCU (Tribunal de Contas da União), já havia condenado Davi José de Souza e Bruno Queiroz de Freitas, respectivamente presidente e ex-diretor administrativo-financeiro da Adesam, pela não prestação de contas. David foi multado em R$ 10 mil. Bruno Queiroz foi retirado do processo.