Da Ascom MPF
MANAUS – Ao apresentar ao Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, em 2014, denúncia que narrava atos de violência psicológica e omissões ocorridas durante o atendimento que recebeu durante o parto de sua filha, realizado dois anos antes, Gabriela Repolho de Andrade deu início a uma história de desafios e conquistas que agora está registrada em texto e fotos em página especial lançada este mês pelo MPF.
As informações, acessíveis pela página inicial do MPF (www.mpf.mp.br/am), traz um histórico completo e atualizado sobre as principais atividades realizadas pelo Comitê Estadual de Combate à Violência Obstétrica no Amazonas nos últimos cinco anos.
Desde a primeira audiência pública, realizada em 2015 sob a coordenação do MPF e do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), diversas recomendações e ações foram apresentadas, além da realização de rodas de conversa, campanhas, novas audiências e atos públicos de enfrentamento à violência obstétrica.
Mesmo diante da ampla divulgação de todas as principais atividades do comitê no momento da realização, as lideranças do comitê manifestaram a necessidade de reunir todos essas conquistas e avanços obtidos em uma publicação que pudesse ser compartilhada com a sociedade, principal destinatária das ações coordenadas pelo grupo.
De acordo com a procuradora da República Bruna Menezes, além de dar transparência às ações realizadas, a criação da página pode ajudar no processo de mudança cultural em relação ao parto, ao apresentar uma espécie de memória coletiva das lutas já superadas para garantir às mulheres o respeito a direitos fundamentais no momento do parto.
Entre outros momentos, a página especial destaca a formação da rede de combate à violência obstétrica no Amazonas, em novembro de 2016, durante a segunda audiência pública promovida para a superação da violência obstétrica no Estado, evento em que também foi firmado um Termo de Cooperação para o combate à essa prática nas maternidades e unidades de saúde.
O termo, assinado pelas principais instituições e entidades ligadas à área de saúde e defesa de direitos no Amazonas, tem como objeto principal a articulação e implementação de ações conjuntas para a conscientização e resguardo dos direitos das mulheres durante o pré-parto, parto e pós-parto no Estado.