O Ministério Público do Estado do Amazonas abriu inquérito civil, nesta segunda-feira, 15, para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito de três deputados estaduais. Augusto Ferraz (DEM), Bi Garcia (PSDB) e Sidney Leite (Pros) terão que se explicar à promotora Neyde Trindade porque conseguiram aumentar em um prazo de seis meses (outubro de 2014 a março deste ano) seus patrimônios. Trindade tomou como base a declaração de bens que os três deputados fizeram ao TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral) em julho de 2014 e a que eles registram na ALE (Assembleia Legislativa do Estado) neste ano. Parlamentar de primeiro mandato, Augusto Ferraz, empresário do ramo de papelaria, foi o que mais enriqueceu nesse período, 171% (saiu de um patrimônio de R$ 1,4 milhão para R$ 3,9 milhão), seguido de Bi Garcia, 30% (que registrou R$ 890 mil em outubro e, em março, já tinha R$ 1,1 milhão em patrimônio) e Sidney Leite, que teve um aumento de 9% no seu patrimônio, apresentando R$ 1,4 milhão ao TRE-AM e R$ 1,6 milhão à ALE, seis meses depois. No inquérito instaurado nesta segunda-feira, a promotora de Justiça já comunicou que pedirá a quebra do sigilo bancário dos três parlamentares para entender a causa do enriquecimento repentino. Sidney Leite está licenciado para o cargo de secretário da Sepror.