Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) realizou inspeção na tarde de sábado, 18, no Hospital Nilton Lins, oras depois de ele ser inaugurado pelo governador Wilson Lima (PSC). Durante a inspeção, procuradores e promotores de Justiça constataram falhas e afirmaram que a inauguração foi apenas simbólica.
“Na inspeção observamos que a inauguração do hospital foi simbólica. Leitos de UTIs ainda não estão em funcionamento, setores ainda estão sendo arrumados, máquinas sendo montadas e testadas, EPIs e medicamentos insuficientes, ausência de toalheiros, dispenser de sabonetes líquidos. Continuamos a questionar a razão de o Estado não utilizar os leitos clínicos do Hospital Delphina, do Hospital Getúlio Vargas, da Beneficente Portuguesa. Pacientes precisam de estruturas funcionantes na totalidade”, afirmou a promotora Silvana Nobre Cabral, da 58ª Promotoria, que cuida de assuntos de saúde pública.
A procuradora-geral de Justiça, Leda Albuquerque disse que a inspeção realizada pelos membros do Gabinete de Crise do MP-AM, no hospital Nilton Lins, teve por objetivo colher elementos de provas que subsidiem uma ação civil pública ajuizada pelo PGJ no último dia 15, que propôs ao governo do Estado a ativação de todos os leitos do Hospital Delphina Aziz e a contratação de leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas e Hospital Beneficente Português.
“Pessoas estão morrendo sem o atendimento devido, precisamos garantir atendimento digno às pessoas infectadas, o Estado tem o dever, a obrigação legal de conferir dignidade a esses pacientes e aos profissionais da saúde e o MP está trabalhando firmemente para garantir isso”, afirmou a procuradora-geral Leda Mara Albquerque.
A unidade na Nilton Lins foi inaugurada na manhã de sábado e, segundo a Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas), terá 32 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 100 leitos clínicos, inicialmente, podendo ser ampliado para até 400 leitos.