MANAUS – Na troca de acusações sobre acordo verbal para pagar subsídio às empresas de ônibus do transporte público de Manaus, o governador do Amazonas, José Melo (Pros), e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), deixaram claro uma disputa política maior. Os discursos são em tom eleitoral, uma antecipação da batalha verbal para as eleições gerais de 2018. Nesse octógono do MMA político no Estado, Melo vem ‘lutando’ no ataque e Arthur, na defesa.
Seguro de si
Acuado na eleição municipal do ano passado, quando sumiu da campanha eleitoral, Melo reapareceu este ano ao se livrar de um dos muitos processos de cassação do mandato. Outras ações na Justiça Eleitoral parecem não intimidar o governador. Seu comportamento é de quem está seguro de que não perderá a ‘guerra’ política no tapetão.
Em ritmo eleitoral
O governador intensificou viagens ao interior do Estado, principalmente aos municípios de prefeitos aliados. Melo participa de solenidades de reinauguração de obras e lançamento de outras. Os eventos têm ares de comícios, com discursos populistas, plateia para aplaudir e secretários para fazer a introdução das personalidades políticas. Quem viu diz que o cenário parece de campanha eleitoral. Melo ainda não se pronunciou se vai seguir seus antecessores, os hoje senadores Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD), que largaram o governo do Estado para se eleger senador.