Da Redação
MANAUS – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que acionou empresas do contrato de manutenção da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO) para colocar rachão brita (espécies de pedras) em trechos de atoleiros para garantir a trafegabilidade. A ação foi em resposta à cobrança do presidente Jair Bolsonaro, nessa quarta-feira, 25, para assegurar o acesso de caminhões na estrada nesta época de chuvas, que tornam parte da rodovia intrafegável. Bolsonaro disse em postagem no Twitter que foi informado por um professor universitário sobre o isolamento causado pelos atoleiros.
Tarcísio Freitas disse que no primeiro trimestre de 2020 fará licitação para pavimentação dos primeiros 52 quilômetros do chamado Trecho do Meio – entre os quilômetros 250 e o 656 –, o mais atingido pelas chuvas. A pavimentação de outros 405 quilômetros ainda está em fase de projeto.
Conforme o ministro, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) já está elaborando a licença ambiental para liberar a obra. “O presidente do Ibama, que é muito bom, selecionou uma equipe a dedo e está determinado a dar a licença. Com a licença, contrato a obra no trecho todo”, disse Tarcísio Freitas.
A BR-319 foi pavimentada integralmente ao ser inaugurada em 1978, mas o asfalto foi sendo danificado com o tempo e a licença ambiental é o maior entrave para recuperação da rodovia.
A BR-319 é fundamental para o escoamento de produtos agropecuários da região bem como da produção industrial da Zona Franca de Manaus, além de garantir o transporte de pessoas. As alternativas à rodovia são o transporte aéreo ou por barco, uma viagem que dura quase uma semana.
São quase 800 quilômetros de extensão entre Porto Velho e Manaus, sendo que os segmentos localizados próximos às capitais estão asfaltados, totalizando quase 400 quilômetros.