Da Redação, com informações da Agência Brasil
MANAUS – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin autorizou a abertura de processo para apurar o suposto recebimento de doações de campanha não declaradas – caixa dois – envolvendo dez políticos e a empresa J&F, proprietária do frigorífico JBS. Entre eles está o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
A imprensa nacional deu destaque à investigação contra o futuro ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, Onix Lorenzoni, mas a Agência Brasil informou que foram abertos procedimentos para apurar o recebimento de caixa dois também pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Alceu Moreira (MDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS), Zé Silva (SD-MG) e Marcelo Castro (MDB-PI), bem como pelos senadores Wellington Fagundes (PR-MT), Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Ciro Nogueira (PP-PI).
Os pedidos de investigação foram feitos pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. “Verificou-se, como consta nas planilhas, situações em que o recebimento de dinheiro de forma dissimulada ocorreu no curso do mandato parlamentar por agentes políticos que ainda são detentores de foro no STF, fazendo-se necessária a autuação de petições autônomas para adoção de providências em relação a cada autoridade envolvida”, justificou a procuradora.
Trata-se de uma fase preliminar da investigação. A partir de agora, a PGR (Procuradoria Geral da República) deverá promover diligências e analisar os casos com maior atenção antes de decidir se leva as investigações adiante e encaminha um pedido para a abertura de inquérito.
Fachin, relator dos processos da Lava Jato, entendeu, entretanto, que os novos processos não serão necessariamente de sua relatoria, pois os fatos narrados não guardam relação direta com a Lava Jato. O ministro encaminhou os casos para distribuição por sorteio entre todos os ministros da Supremo, com a exceção do presidente do STF, ministro Dias Toffoli.