Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que Manaus será a primeira cidade a ter vacina contra a Covid-19, mas sua prioridade no Amazonas é o trabalho nas unidades básicas de saúde e no tratamento precoce. Segundo o ministro, a vacinação não resolve os problemas do estado.
“A vacina induz a produção de anticorpos, essa é a função da vacina. Essa produção não é no dia seguinte, a literatura fala de 30 a 60 dias, não é tomar a vacina no dia 20 e no dia 22 estar na rua fazendo festa e nem vai resolver o problema de infraestrutura e tratamento precoce de Manaus. Então, a vacina faz parte de uma estratégia, mas a estratégia principal que estou fazendo aqui é o tratamento da unidade básica de saúde, é o diagnóstico clínico feito pelo médico”, disse o ministro, na manhã desta quarta-feira, 13.
Pazuello havia dito anteriormente que a vacina não era prioridade em Manaus, em entrevista na segunda-feira. Nesta quarta-feira, 13, o ministro afirmou que Manaus deve ser a primeira cidade a ser imunizada quando as vacinas contratadas chegarem e estiverem autorizadas, mas que isso deve acontecer de forma simultânea com outras cidades.
“Vamos vacinar em janeiro e Manaus será também a primeira a ter vacina. Eu fui claro? Ninguém receberá a vacina antes de Manaus. A vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados na sua proporção de população e Manaus terá essa prioridade também”, disse.
O ministro voltou a dizer que a vacinação deve começar neste mês, a partir do dia 20. Ele aguarda pronunciamento da Anvisa sobre a autorização, que deve acontecer no próximo domingo, 17. Segundo o ministro, em 3 a 4 dias após a autorização, as vacinas devem ser distribuídas.
Tratamento precoce
No pronunciamento desta manhã, o ministro pressionou a Prefeitura de Manaus para que a rede municipal de Saúde invista no tratamento precoce da Covid-19. “Eu ressalto, não tem como resolver essa situação se não transformarmos o atendimento precoce em prioridade”, disse.
Na terça-feira, 12, a Folha publicou documento que mostra que a Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) está sendo cobrada para adotar medicação precoce. Mayra Isabel Correia Pinheiro, secretária de gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, afirma, no documento, ser “inadmissível” que a Prefeitura de Manaus não adote a medida.