Do ATUAL
MANAUS – O asfaltamento do Trecho do Meio da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO) permanecerá no âmbito do discurso. A prática, isto é, pôr asfalto no chão, vai demorar. É que o Grupo de Trabalho criado pelo Ministério dos Transportes vai debater a situação da rodovia para identificar problemas ambientais e de infraestrutura.
Segundo o MT, a intenção é propor o diálogo, a colaboração e a coordenação, de maneira participativa, para só então decidir se é viável ou não asfaltar o trecho.
O grupo foi criado na sexta-feira (17) com a Portaria 1109/2023, publicada no Diário Oficial da União (DOU). A equipe terá as seguintes competências:
• Realizar de um levantamento sobre a situação atual da BR-319, com foco na identificação de desafios para a otimização rodoviária;
• Analisar estudos técnicos e científicos, projetos e relatórios produzidos por outros grupos que já tenham tratado do tema;
• Em 2008, grupo de trabalho do Ministério do Meio Ambiente debateu diretrizes e acompanhou o licenciamento ambiental da BR-319;
• Propor medidas, inclusive normativas, para a melhoria da infraestrutura da BR-319, tendo em vista a sustentabilidade, a segurança viária e a mitigação de impactos ambientais e de mudanças do clima.
“Vamos nos debruçar sobre esse trabalho, avaliar as melhores práticas, avaliar tudo aquilo que, de uma maneira ou de outra, pode colaborar com a definição de uma estratégia”, afirmou o subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides.
O grupo de trabalho da BR-319 terá a representação de secretarias do Ministério dos Transportes e de entidades vinculadas, e poderá consultar outros atores governamentais e de entidades públicas e privadas para manifestação sobre assuntos relacionados às suas áreas de competência.
Norte
A BR-319 tem cerca de 918 quilômetros de extensão e faz a ligação entre as capitais Manaus e Porto Velho (RO) e as outras regiões do Brasil. Porém, boa parte dela, em especial do trecho do meio, não é pavimentada.
“É uma política nova, orientada pelo ministro Renan, de ampliar o debate, multiplicar os olhares chamar especialistas, conversar com pessoas que produzem e trabalham no campo acadêmico, no campo da infraestrutura e da política pública, para encontrar os melhores caminhos. Sustentabilidade é o norte, é a orientação”, completou Benevides.