Da Redação
MANAUS – A Procuradoria Geral de Justiça, órgão comando do Ministério Público do Estado do Amazonas, emitiu nota de repúdio, na tarde desta segunda-feira, 10, às declarações de Ricardo Molina, que se apresentou como perito contratado pela defesa de Milton César Freire da Silva, condenado no domingo, 9, pela morte da ex-mulher Lorena Baptista.
Em um vídeo nas redes sociais no dia do veredito, Molina desqualifica o trabalho dos promotores do caso e do perito contratado pela defesa, Alberi Espíndola, e promete processar os promotores por terem, segundo ele, o difamado.
A procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Nascimento Albuquerque, que assina a nota de repúdio, afirma que a atuação dos promotores no julgamento foi “tecnicamente impecável e eticamente indiscutível”.
A PGJ também diz que para reclamações e denúncias contra membros do Ministério Público existem canais conhecidos e sólidos, e que “reclamações nas redes sociais, baseadas em ‘ouvi falar’, denotam fraqueza de argumentos”.
Mais cedo, o perito Alberi Espíndola também contestou o vídeo de Ricardo Molina e se manifestou pelas redes sociais sobre o trabalho de ambos no caso.
Confira a nota da PGJ
NOTA PÚBLICA
“A Procuradoria-Geral de Justiça, do Ministério Público do Amazonas, vem manifestar repúdio às declarações do Sr. Ricardo Molina que, neste domingo, dia 09 de fevereiro, fez, por intermédio de vídeo postado em redes sociais, ataques aos Promotores de Justiça que atuaram no julgamento do réu Milton César Freire da Silva, condenado pela morte da ex-mulher dele, a perita da Polícia Civil do Amazonas, Lorena dos Santos Batista, crime ocorrido em julho de 2010.
A atuação dos membros do Ministério Público foi tecnicamente impecável e eticamente indiscutível, não havendo qualquer sinal que venha pôr em dúvida a correção profissional e honestidade dos senhores promotores, neste ou em outros casos.
A Procuradoria-Geral de Justiça reitera integral apoio ao trabalho levado a efeito pelos diligentes promotores de Justiça José Augusto Taveira e Armando Gurgel , na certeza de que a verdade e a Justiça almejadas foram e serão sempre esclarecidas em plenário, foro concebido pela Constituição da República para dirimir questões dessa natureza.
Para reclamações e denúncias contra membros do Ministério Público, existem canais conhecidos e sólidos que estão sempre abertos para receberem a manifestação de qualquer cidadão. Reclamações via redes sociais, baseadas em “ouvi falar”, denotam fraqueza de argumentos.
Ressalte-se que o compromisso do Ministério Público em defender os interesses coletivos é inatacável e continua mais forte do que nunca.
Manaus, 10 de Fevereiro de 2020
Leda Mara Nascimento Albuquerque
Procuradora-Geral de Justiça“