O governador José Melo (Pros) esteve nesta segunda-feira,29, na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) acompanhado do ex-secretário da pasta Isper Abrahim. Aliado do senador Eduardo Braga (PMDB), Isper participou do primeiro e segundo governo de Braga, permaneceu no cargo depois da saída dele, e ainda geriu a Fazenda nos dois primeiros anos do mandato de Omar Aziz. Ele deixou a pasta em dezembro de 2012, substituído pelo atual secretário Afonso Lobo. Na ocasião, o governador Omar Aziz disse que Isper estava sem tempo para cuidar da pasta, porque estava acompanhando um parente em tratamento de saúde em São Paulo. Isper, por sua vez, disse apenas que deixava o governo por problemas pessoais. Nestes tempos em que Melo arruma a casa e prepara mudanças no secretariado, dentro da Sefaz a conversa era de que o ex-secretaria estaria voltando ao comando da secretaria.
Outros personagens
Além de Isper Abrahim, estiveram também na Sefaz com o governador o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Sidney Leite (Pros) e o deputado federal Silas Câmara (PSD). Sidney é um dos políticos que ajudam o governador José Melo a montar o time que vai atuar no primeiro e segundo escalões do governo a partir de 2015.
Avaliação negativa
Afonso Lobo, atual secretário da Sefaz, não anda agradando nem ao governador José Melo e nem aos servidores da Sefaz. Entrou em pé de guerra com os técnicos fazendários, que neste fim de semana publicaram uma nota paga na imprensa para reclamar de perseguição política. Nesses dois anos de gestão de Lobo, as contas do governo têm fechado no vermelho.
No palanque adversário
Isper Abrahim é um técnico e passou pela Sefaz sem problemas com os órgãos de controle. Mas todos sabem que ele ainda é um grande aliado de Eduardo Braga. Na campanha, esteve várias vezes no palanque do candidato do PMDB e, no dia da coletiva em que Braga anunciou oposição ao governo, Isper apareceu no local do evento, na sede do PMDB.
Arthur x Dilma
O prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) já começa a ser ridicularizado entre os jornalistas pela insistência com que fala da presidente Dilma Rousseff e da falta de recursos financeiros do governo federal para a prefeitura de Manaus. A estratégia de Arthur durante dois anos não produziu resultados para a cidade. Ele deveria, no mínimo, repensar a estratégia de demonizar a presidente e cuidar de apresentar projetos consistentes para captar recursos.
‘Não é verdade’
Durante a inauguração da Ponte Octávio Beleza da Câmara, no último sábado, Arthur foi questionado sobre o que disse a gerente de projetos do Departamento de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Lúcia Mendonça dos Santos, que a Prefeitura de Manaus não recebia recursos porque não havia apresentado nenhum projeto à pasta. A resposta foi seca: “Não é verdade! Eu não recebi dinheiro porque o que eu deveria receber do governo Dilma eu fiz em obras. Aí, não me devolveram porque alegaram que não havia cláusula de ressarcimento”. Arthur disse que vai continuar pedindo e insistindo para que o governo federal envie recursos para a cidade.
Secretariado
Arthur também prepara mudanças no secretariado, mas só deve anunciar os novos nomes na primeira quinzena de janeiro, de acordo com uma fonte da Secretaria Municipal de Comunicação.