De forma discreta e cautelosa, o governador do Estado, José Melo (Pros), iniciou, esta semana, uma conversa com os vereadores filiados ao partido dele para começarem a ensaiar uma aproximação ao vice-governador Henrique Oliveira (SD) com vistas às eleições municipais de 2016. Para isso, o governador orientou os funcionários da Casa Civil a colocar Henrique para despachar as demandas dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus e não mais ele nem o irmão, Evandro Melo, como era feito desde o ano passado. Apesar da determinação, os vereadores têm ordem expressa para negarem qualquer conversa neste sentido. A negativa, no entanto, tem o propósito de manteer algumas benesses que parlamentares mantém na Prefeitura de Manaus, já que Arthur Neto (PSDB) começou a se articular para sua reeleição. A decisão de Melo teve um ‘empurrãozinho’ do senador Omar Aziz (PSD), que quer, a qualquer custo, a vitória de Henrique no ano que vem, abrindo espaço para ele em 2018. Os vereadores filiados ao Pros na Câmara são: Amauri Colares, Jairo da Vical, Arlindo Júnior, Roberto Sabino, Sildomar Abtibol e Vilma Queiroz.
Rebeldes
Omar Aziz começou a “pastorear” o grupo de vereadores do Pros para o lado de Henrique Oliveira por entender que o grupo do PSD na Câmara de Manaus é mais rebelde. Parlamentares como Glória Carrate e Luís Mitoso bateram o pé contra Henrique e confidenciaram a Omar Aziz que têm dívidas com o prefeito Arthur Neto e precisam ficar no cabresto pelo menos até o final deste ano.
Pedra no caminho
Antes de almoçar com o prefeito Arthur, nesta terça-feira, 31, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, conversou com Marcelo Ramos, que tenta se filiar à legenda para disputar 2016. Ramos é mais uma pedra no caminho de Arthur, que quer o apoio do PDT na Câmara e na campanha à reeleição do ano que vem.
Feriadão prolongado
Depois escancarar suspeitas contra a presidente, o vice-presidente e um juiz do Tribunal Regional Eleitoral, Arthur reconheceu que está cansado e que precisa de tirar um longo descanso. Em entrevista a uma rádio local, nesta terça-feira, ele disse que a partir desta quinta tiraria pelo menos 15 dias de férias, porque, segundo ele, anda trabalhando muito, “nos quatro turnos do dia” (manhã, tarde, noite e madrugada). Quem assume a prefeitura é o presidente da Câmara, vereador Wilker Barreto (PHS).
Recado de Chicão
Durante a posse como secretário extraordinário de Relações Institucionais, o ex-procurador-geral de Justiça Francisco Cruz pincelou o discurso que vem sendo propagado pelo governador José Melo e o prefeito Arthur a repeito dos processos no TRE-AM: ““Hoje entro para fazer parte de uma equipe que já é vitoriosa e experimentada com o propósito de somar esforços e traduzir o programa de governo vitorioso e consagrado nas urnas. A sociedade disse sim, livremente, a essa proposta”, afirmou.
Próprio veneno
O senador Omar Aziz (PSD) teve uma prova daquilo que ele, mesmo, criticou na eleição passada. Na época, ele acusou seu ex-aliado Eduardo Braga (PMDB) de ser arrogante, não dar espaço para as pessoas de seu meio de trabalho falarem e passar por cima de colegas da política. Nos primeiros meses como senador, Omar passa a impressão de que ainda não passou a faixa de governador. Foi o que o fez levar um esporro do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Santo de casa
O secretário de Segurança Pública e delegado federal licenciado, Sérgio Fontes, admitiu em reunião realizada, ontem, na Câmara de Manaus que é difícil ‘pegar’ os grandes comandantes do tráfico de drogas no Amazonas e pediu mais tempo da sociedade para reverter a estatística da própria SSP, na qual aponta que 80% dos homicídios ocorridos em Manaus são de autoria do tráfico.