
Do ATUAL
MANAUS – O Mato Grosso foi o estado da Amazônia Legal que registrou a maior alta no desmatamento em 2023 na comparação com 2022, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados na última quinta-feira (9). A maioria dos estados registrou queda no número, sendo Rondônia e Amazonas os principais: 41% e 40%, respectivamente.
Os dados mostram que em todos os estados houve mais áreas de mata destruídas neste ano, mas que também houve, em seis estados, a inibição dos atos criminosos contra o meio ambiente.
O Mato Grosso, que lidera a agropecuária brasileira, desmatou muito mais do que no ano passado. A área destruída em 2022 foi de 1.927,00 km². Neste ano, 2.086,00 km². A alta foi de 8%. No ranking por tamanho da área desmatada, o estado subiu de terceiro para o segundo lugar.
Apesar de desmatar menos neste ano, o Estado do Pará se manteve como o maior destruidor da floresta entre os estados da Amazônia Legal. Em 2022, o estado registrou 4.162,00 km² de área desmatada. Neste ano, 3.272,00 km². A diferença foi de 21%
O Amazonas, que apresentou o segundo maior desmatamento no ano passado, caiu para terceiro lugar no ranking. A área destruída neste ano foi 40% menor que a do ano passado. Em 2022, foram 2.594,00 km². Em 2023, 1.553,00 km².
O levantamento constatou ainda uma queda de 61% no total de desmatamento dos nove municípios considerados prioritários no Amazonas, conforme o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM) – são eles Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Apuí, Tapauá, Humaitá, Novo Aripuanã, Maués e Manicoré.
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, os resultados são fruto de um trabalho de parceria, realizado junto ao Governo Federal.
“Todo o sistema do governo tem trabalhado incansavelmente para que a gente possa diminuir os crimes ambientais. E é importante destacar o apoio do Governo Federal, já que grande parte da pressão que atingia o estado vinha de áreas da gestão federal. Importante destacar o papel do Ibama e ICMBio, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente”, enfatizou Taveira.
Veja os dados:
estado | 2022 | 2023 | % |
Pará | 4.162,00 km² | 3.272,00 km² | redução de 21% |
Amazonas | 2.594,00 km² | 1.553,00 km² | redução de 40% |
Mato Grosso | 1.927,00 km² | 2.086,00 km² | alta de 8% |
Rondônia | 1.480,00 km² | 873,00 km² | redução de 41% |
Acre | 840,00 km² | 597,00 km² | redução de 28% |
Roraima | 279,00 km² | 297,00 km² | alta de 6% |
Maranhão | 271,00 km² | 285,00 km² | alta de 5% |
Tocantins | 27,00 km² | 26,00 km² | redução de 3% |
Amapá | 14,00 km² | 12,00 km² | redução de 14% |