MANAUS – O segundo massacre de presos em Manaus dois anos e meio do primeiro, em janeiro de 2017, não pode ser tratado pela Segurança Pública do Amazonas como disputa entre traficantes e grupos de facções criminosas, uma alegação comum das autoridades policiais que contabilizam as mortes como estatísticas do crime. Trata-se de um domínio de organizações criminosas que afronta o Estado, intimida e amedronta a sociedade.
É inadmissível que o Estado não tenha controle de presos e seja incapaz de identificar indícios de rebeliões e matanças, um sinal da incapacidade de inteligência dos órgãos policiais. No Amazonas, esse tipo de violência nos presídios se estendem para as ruas gerando uma onda de insegurança e medo.