EDITORIAL
MANAUS – A pandemia de Covid-19 causou muita destruição e morte para não deixar nenhuma lição a todos os que viveram esses anos de horror. No Amazonas e em Manaus, particularmente, a doença foi impiedosa nos dois primeiros anos antes do início da vacinação.
Uma das lições que todos deveriam apreender é usar máscaras regularmente e manter sempre ao alcance das mãos um frasco com álcool em gel.
Nesta semana, o prefeito de Manaus, David Almeida, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciaram a o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos. Ao fazerem isso, as autoridades do município e do Estado apenas formalizam aquilo que a população já vinha fazendo.
Em locais públicos e abertos, como o complexo Ponta Negra, o uso de máscara pelos frequentadores já havia sido abandonado. Mais de 90% das pessoas que circulam pelas ruas e praças de Manaus o fazia sem máscara.
A máscara precisa deixar de ser obrigatória, mesmo em locais fechados, com o controle da Covid-19 e o fim da situação de pandemia no mundo. Mas o uso do acessório deveria ser mantido voluntariamente por pessoas que apresentem qualquer sintoma de síndrome gripal ou doença respiraria.
O equipamento serve, principalmente, para evitar que o vírus em uma pessoa sintomática se espalhe no ambiente por ela frequentado. Portanto, é uma questão de respeito ao outro que essas pessoas usem a máscara, assim como o álcool em gel para higienização das mãos.
Em países como o Japão, por exemplo, é muito comum o uso de máscaras mesmo em tempos normais. A qualquer sinal de irritação no nariz, o cidadão ou a cidadã no país oriental cobre a boca e o nariz com a máscara.
Nos países ocidentais, a máscara não faz parte da cultura popular, em muitos lugares ela só é usada por pessoas com risco de contrair doenças.
Quem levou a sério o uso de máscara na pandemia percebeu que ela não chega a ser tão incômoda, como alguns negacionistas pregam. Se uma pessoa usa um chapéu para proteger a cabeça do Sol nos dias de verão, por que não usar a máscara em dias de irritação das vias nasais?
Portanto, mesmo depois da pandemia, é sempre bom andar com uma máscara ao alcance das mãos. É um gesto de respeito e carinho às pessoas que estão à sua volta.
E sobre o álcool em gel, a sensação de passá-lo nas mãos não deveria desencorajar ninguém a abandoná-lo de vez depois do controle total da Covid-19. Ele também contribui para evitar a contaminação de quem frequanta lugares públicos.