Da Folhapress
SÃO PAULO – O humorista Marcelo Madureira, 63, disse que foi excluído pelos outros cassetas do programa Conversa Piada, da TV Cultura. No dia 16 de outubro, Beto Silva, Claudio Manoel, Helio de la Peña e Hubert Aranha estrearam a nova atração na emissora, quase 11 anos após o fim do Casseta e Planeta Urgente na Globo.
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., Madureira disse que foi comunicado brevemente por Hubert e Helio de que ele estava fora do projeto. “Foi um gesto desagradável, unilateral, não foi uma coisa conversada, não houve uma explicação formal. Eu fui expulso de uma festa que ajudei a organizar. É, no mínimo, lamentável”, afirmou.
Madureira disse que ficou “muito triste”, mas que já tinha superado o episódio. Procurados por meio da assessoria de imprensa da TV Cultura, os humoristas do Conversa Piada não se manifestaram até a conclusão deste texto.
Na época do lançamento, quando questionados sobre o fato de Madureira e Reinaldo não participarem da atração, eles disseram que o programa só envolvia os quatro que estavam trabalhando mais próximos nos últimos dez anos.
“A gente já vinha criando coletivamente nesses últimos dez anos. E como a gente queria se afastar do que é o Casseta, não fazia sentido fazer um outro programa com a mesma formação. Estamos nós que estamos mais próximos”, justificou Helio na ocasião.
Madureira acrescentou que espera que os ex-cassetas sejam “bastante criativos”. “Se eu identificar qualquer conteúdo que eu tenha feito parte na elaboração, eu vou ser obrigado a tomar medidas legais, porque vocês estão se apropriando de uma parte minha de uma obra que a gente construiu junto”, disse.
O humorista afirmou ainda que manteve, por meio da sua produtora Flocks, o canal do Casseta e Planeta na internet “por um bom tempo”. “Fui obrigado como empreendedor a encerrar o canal, porque a Flocks entrava com os recursos técnicos e financeiros, e não havia reciprocidade do ponto de vista de criação”, disse.
Por fim, ele disse que jamais excluiria os colegas de projetos profissionais por questões pessoais. “Se eu chego para você e te impeço de trabalhar é uma coisa grave. É uma sacanagem que eu não faria com ninguém”, afirmou.