Do ATUAL
MANAUS- No “Manifiesto de la Red de Mujeres en Conservación del Agua y los Bosques Amazonia Que Late” (Manifesto da Rede de Mulheres pela Conservação da Água e da Floresta Amazônia Que Pulsa), 200 organizações socioambientais da Amazônia pedem o fim da violência contra a mulher e reconhece o protagonismo feminino na proteção das florestas.
O documento é dividido em quatro partes e defende o papel das mulheres na proteção do patrimônio natural e cultural amazônico e na luta contra as mudanças climáticas.
A manutenção da biodiversidade, segurança alimentar, garantia de recursos naturais, sobretudo da água, e sobrevivência de saberes ancestrais também são pontos destacados no manifesto.
“A Amazônia Andina em seu conjunto é um sistema único, integral, interdependente e sem fronteiras; onde o nosso papel, de mulheres, é fundamental para o combate dos impactos globais das mudanças climáticas, como garantia da segurança alimentar e de saúde, da biodiversidade e dos serviços que acolhem nossos ecossistemas. Nosso protagonismo, embora muitas vezes seja invisível, é fundamental na proteção e manejo dos recursos naturais que geram benefícios ambientais, econômicos e sociais a nível global”, enfatiza o documento.
Marysol Goes, do Hub de Bioeconomia Amazônica, diz que a união regional é fundamental para o futuro da Amazônia. “É através dessa colaboração [manifesto] que podemos enfrentar desafios ambientais e promover um desenvolvimento sustentável na região. Quando falamos de sustentabilidade, também falamos de responsabilidade social e pauta de gênero, dois pontos de peso na região amazônica”.
O lançamento do manifesto ocorreu no Encuentro Nacional de Conservación Voluntaria y Comunal “Amazonía Que Late”, organizado pela Amazónicos por la Amazonía (AMPA) e a Red de Concesiones para Conservación de San Martín (Red de CCSM), no Perú.
O manifesto pode ser conferido na íntegra por meio do link: https://bit.ly/3uxDVRv