
Da Redação
MANAUS – Manaus é a metrópole dominante da Amazônia Ocidental, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A capital do Amazonas foi classificada como metrópole na pesquisa Regic 2018 (Regiões de Influência das Cidades), que identifica e analisa a rede urbana brasileira estabelecendo a hierarquia dos centros urbanos e as regiões de influência das cidades. Outras 14 cidades receberam essa classificação.
De acordo com o IBGE, Manaus exerce influência e atrai moradores de 71 cidades que vêm em busca de negócios, serviços públicos e compras, tendo o Amazonas como região de influência principal. Perto de 4,5 milhões de pessoas fazem parte desse arranjo.

Devido às distâncias entre municípios, a rede urbana de Manaus possui a maior média de distância das ligações entre cidades apresentada pelas redes de primeiro nível. São conexões de 316 km, em média, entre as cidades da rede urbana de Manaus, enquanto a de Brasília, com a segunda maior distância média, apresenta 145 km.
A região de influência de Manaus é marcada pela existência de poucos níveis hierárquicos intermediários, tendo apenas a rede da capital regional Boa Vista (RR) como cidade de alto nível hierárquico capaz de polarizar uma rede própria.

Além do pequeno número de cidades, formados por diversos municípios com grande extensão territorial e de transporte frequentemente realizado por via fluvial ou aérea, o montante populacional de Manaus é comparável aos menores entre as redes de metrópoles. Como resultado, a rede de Manaus apresenta a menor densidade demográfica do país, com menos de 3 hab./km².
Nas tabelas abaixo é possível observar a hierarquia urbana do Amazonas, sendo Manaus a única metrópole, e as cidades do estado com maiores hierarquias.

Em termos de PIB (Produto Interno Bruto), a região de Manaus possui o menor valor dentre todas as redes de primeiro nível, não alcançando os R$ 100 bilhões anuais. Porém, seu PIB representa 71% de todas as cidades que atrai.
O PIB per capita de R$ 22 mil anuais, apesar de inferior à média, não se encontra entre os de menor valor, sendo superior aos da rede das Metrópoles dos Arranjos Populacionais de Fortaleza (CE), Belém (PA), Recife (PE) e Salvador (BA).
Vínculos externos
Por ter conexões de 316 Km em média, algumas cidades amazonenses têm relações maiores com outras capitais regionais.
No sudoeste do Amazonas, ocorre a influência da rede urbana do Arranjo Populacional de Brasília (DF) por duas vias: cidades próximas ao Acre relacionam-se a Cruzeiro do Sul (AC) – caso de Guajará (AM) e Ipixuna (AM) – e Rio Branco (AC) – destino principal de Boca do Acre (AM) e Pauini (AM), além de ser destino também de Envira (AM), que possui dupla subordinação a Eirunepé (AM) e à capital do Acre.
Já nas imediações do Estado de Rondônia, o arranjo populacional de Porto Velho (RO) é o vínculo principal de Apuí (AM) e Humaitá (AM).