Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – Um dos últimos conferencistas do 2º Simpósio Internacional Sobre Gestão Ambiental e Controle de Contas Públicas, realizado em Manaus, o ambientalista e ex-deputado federal Fábio Feldmann, criticou os lixões no Brasil e a falta de política pública de combate à poluição do ar.
“O lixão é o Brasil do Século 19. É inadmissível que o Brasil ainda tenha lixão”, afirmou. Feldmann foi autor do proposta da legislação que criou a política de nacional de resíduos sólidos, que o Congresso nacional levou oito anos para ser aprovada e, passados nove anos, ainda não conseguiu acabar com os lixões no Brasil.
Segundo o ambientalista, o Brasil vive um conflito ideológico que dificulta a transição do país para o Século 21 nessa questão do lixo e de políticas ambientais de um modo geral.
Poluição do ar
Sobre a poluição do ar, Efeldmann informou que no Brasil o único estado que monitora a poluição do ar é São Paulo.
Feldmann questionou a falta de ações efetivas dos governos no combate ao problema ambiental, que afeta a todos, ricos e pobres. “Eu posso escolher a água que eu tomo, o alimento que eu uso, mas eu não posso escolher o ar que eu respiro”, disse.
Conforme Feldmann, faltam políticas para tratar a questão da poluição do ar. “Nós temos tido muitas dificuldades em fazer com que o Brasil implemente uma política efetiva de controle de poluição. O único estado brasileiro que controla a poluição – e digamos assim, de 0 a 10, dou uns 7,5 – é o estado de São Paulo”, disse.
O ex-deputado considera o país atrasado no tratamento do problema. “De um lado a gente não monitora a poluição e os padrões estabelecidos no Brasil são padrões longe dos padrões europeus”, afirmou.
De acordo com Feldmann, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a poluição do ar a mais grave ameaça à saúde da população hoje.
Exemplo da China
Lin Jinjun, vice-diretor de Agricultura, Recursos e Divisão de Auditoria Ambiental de Pequim, na China, discutiu o assunto abordando o trabalho de auditoria ambiental realizado em localidades da capital chinesa.
Segundo Jinjun, as tarefas preventivas de fiscalização trazem uma eficiência evitando a poluição. Há o monitoramento da qualidade do ar pelos órgãos responsáveis e o trabalho de análise dessas instituições são compartilhados em conjunto, disse o gestor.
De abril de 2018 a abril de 2019, o governo de Pequim investigou e puniu cerca de 92 mil veículos por poluição excessiva do ar.
Jinjun disse que cerca de 500 veículos foram punidos dez vezes em um ano e um deles, 75 vezes. “Esses motoristas que estavam desobedecendo as leis, estavam má intencionados”, afirmou.
A punição vai desde multa até a suspensão das licenças dos veículos para circular nas cidades chinesas.
Lin Jinjun explica que o foco da auditoria é fazer com que haja reconstrução do meio ambiente e que as indústrias reduzam a utilização de carvão como combustível.
“Nós devemos fazer com que as tarefas seja bem controladas no sentido de trazer benefícios de governança e de auditoria, para completar as tarefas relacionadas à reestruturação industrial da região, fazendo com que haja a redução das emissões de poluentes. Por exemplo, alguns governos locais têm ajustado a energia e a estrutura gradualmente reduzindo o uso de carvão e substituindo para a energia limpa”, disse.
Manaus um capital metropolitana tem um lixão. Ninguém até hoje se preocupou com ele. Já fazem mais de 10 anos que falaram em desativar e nada aconteceu. O pior é o mal cheiro que afeta a população que mora próximo e o igarapé da Ponte da Bolívia que foi poluído e este crime ambiental até hoje não fizeram nada.