Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Alegando que o limite de endividamento do Estado ‘permite’ fazer empréstimos, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou que vai negociar empréstimo de aproximadamente R$ 300 milhões com bancos nacionais e U$ 150 milhões – equivalente a R$ 559,5 milhões com instituições estrangeiras – para pagamentos pendentes da saúde do Amazonas. Para o presidente da ALE Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), deputado Josué Neto, o procedimento é ‘algo normal’ e já aconteceu em gestões anteriores.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 18, na companhia do secretário estadual de Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio, de Saúde (Susam), Carlos Almeida Filho (PRTB), e de Josué Neto (PSD).
De acordo com o governador, o orçamento do Estado é de R$ 17 bilhões e as dívidas ultrapassam esse valor, por iss, é necessário mais R$ 2 bilhões para sanar as despesas. “Estamos fazendo esses empréstimos porque o nível de endividamento do Estado nos permite fazer isso. Nós temos um limite de aproximadamente R$ 900 milhões para empréstimos e é por isso que a gente está fazendo de uma forma muito cuidadosa e responsável”, afirmou.
Wilson Lima disse que o empréstimo será em torno de R$ 300 milhões com bancos nacionais, entre eles o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, e U$ 150 milhões com entidades como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). De acordo com Lima, o procedimento para aquisição do dinheiro deve durar em torno de três meses.
‘Algo normal’
Ao apoiar o empréstimo, o deputado Josué Neto, da base de apoio do governador no Legislativo, disse que o empréstimo pelo BID já ocorreu em governos anteriores. “Por exemplo, o Prosamim, foi todo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, pelo banco mundial. Então, isso é algo normal que faz parte da história, principalmente, voltado para a infraestrutura e investimentos no nosso Estado”, afirmou.
Outras medidas
Além de empréstimos, Wilson Lima confirmou o projeto de lei para uso de 40% de verbas do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo), que deve render à saúde R$ 350 milhões. Segundo Lima, esse valor será dividido entre a capital (25%) e onze municípios do interior (15%).
Wilson Lima anunciou que divulgará decreto nos próximos 20 dias com um pacote de medidas de austeridade cuja economia deve alcançar R$ 50 milhões por mês. Entre as medidas, está o corte de combustível e de veículos usados pelos funcionários do Estado.
“Vamos também abrir uma carta consulta para antecipação de royalties. Vamos trabalhar para que haja crescimento real da receita administrativa, e nos próximos 15 ou 20 dias vamos lançar um plano de austeridade”, afirmou Lima.
(Colaborou Iolanda Ventura)
E adivinhem quem vai pagar a conta depois? Quem? Hein? Dou um doce pra quem adivinhar. x)